terça-feira, 2 de abril de 2013
Seis países europeus vão sancionar Google por falhas na confidencialidade
Por Agência Lusa, publicado em 2 Abr 2013 - 18:54 | Actualizado há 46 mi
As autoridades de proteção de dados de seis países europeus vão sancionar a Google por não ter dado resposta a pedidos para alterar as regras de confidencialidade, anunciou a comissão nacional francesa de Informática e Liberdades.
Alemanha, Espanha, França, Holanda, Itália e Reino Unido “empreenderam ações a 02 de abril de 2013 com base nas provisões estabelecidas nas respetivas legislações nacionais” para obrigar a Google a adequar a sua política de privacidade às regras europeias, informou a comissão francesa num comunicado.
Em outubro do ano passado, as agências de proteção de dados de todos os 27 Estados membros da União Europeia advertiram a Google de que a sua nova política de confidencialidade não cumpria a diretiva europeia sobre esta matéria e deram quatro meses à gigante da informática para fazer as alterações necessárias.
Quando esse prazo terminou, em fevereiro, vários desses organismos decidiram criar um grupo de trabalho, dirigido pela Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNIL) francesa para concertar ações a empreender contra a empresa norte-americana.
Já em março, representantes da Google reuniram-se com o grupo de trabalho, que reúne os organismos daqueles seis países, mas, segundo a CNIL, não houve desde então qualquer alteração à política de privacidade.
No comunicado hoje divulgado, a CNIL informa que já notificou a Google de que lançou um procedimento inspetivo e outro de cooperação administrativa internacional. Cada um dos outros cinco organismos agirá de acordo com a respetiva legislação nacional.
A Google aplica desde março de 2012 uma política de confidencialidade que agrega informações de vários serviços anteriormente separados, como o Gmail, o YouTube ou a rede Google+, para, com fins publicitários, facilitar a identificação de perfis de consumo.
Organizações de defesa dos consumidores da Europa e dos Estados Unidos opuseram-se à nova política com o argumento de que ela não devia ser obrigatória para todos os utilizadores e dá ao maior operador de motores de busca do mundo um controlo sem precedente sobre os dados dos seus utilizadores.
Como sempre afirmou antes, a Google reagiu ao anúncio de hoje reiterando que a sua política de privacidade “respeita as normas europeias” e tem como fim “criar serviços mais simples e eficazes”.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa
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