sexta-feira, 3 de maio de 2013

03/05/2013 10:10

03/05/2013 10:10 Bancos devem superar expectativas em negócios na AGRISHOW Animados com o crescimento do setor agrícola no País, os bancos presentes na AGRISHOW estão otimistas e esperam superar o número de negócios realizados no ano passado Assessoria de Imprensa Agrishow O Banco do Brasil (BB), única instituição financeira a participar de todas as edições da feira, espera registrar R$ 2 bilhões em propostas acolhidas durante o evento. Este percentual é 32% superior ao registrado em 2012. Segundo o Superintendente Estadual do BB, Fábio Euzébio, o ritmo de consultas e propostas feitas até quarta-feira já superaram as de 2012 na mesma base de comparação. “A velocidade dessas propostas vai ao encontro da nossa meta de chegar a R$ 2 bilhões. A busca por tecnologia, equipamentos superiores e, consequente, aumento de produtividade a cada ano contribui para isso”, disse. O Superintendente do BB afirmou ainda que somente a linha de Investimento Agropecuário, uma novidade trazida para a Feira, já responde por cerca de 80% das propostas que estão sendo feitas. O presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, que esteve presente nesta quinta-feira (02) na Agrishow, declarou que a alta da taxa de juro promovida recentemente pelo Governo Federal não deve atrapalhar os negócios no setor agrícola. “Certamente os negócios este ano serão maiores do que o do ano passado. A alta de juro não terá reflexo, principalmente, no investimento. Isso porque, a condição de funding do BNDES dá condições de taxas boas para o agricultor”, disse. Trabuco ainda ressaltou a importância do setor para o País. “A agricultura é a locomotiva de expansão do Brasil e a safra recorde de 185 milhões de grãos este ano posiciona o País com grande potencial para contribuir com o fim da fome no mundo”, afirmou. O banco Santander, presente na feira há 15 anos, informou que tem capacidade de R$ 1,2 bilhão de desembolsos durante a AGRISHOW, que serão distribuídos numa gama de produtos e serviços para toda cadeira produtiva do agronegócio. “Os negócios na Feira vão muito bem. Estamos percebendo o produtor mais consciente, comprando aquilo que realmente está precisando. E, nós, do Santander, estamos aqui com todo nosso portfólio e equipe de especialista para auxiliá-lo da melhor maneira possível”, disse o vice-presidente de Varejo da instituição, Pedro Coutinho. Mais Alimentos Internacional debate na AGRISHOW exportação de máquinas brasileiras Avanços e desafios do Mais Alimentos Internacional foram apresentados em reunião nesta quarta-feira (1º) no espaço do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), na AGRISHOW. “O Programa Mais Alimentos Internacional caminha para o início das exportações das máquinas brasileiras, tendo em vista a conclusão dos normativos e as discussões com os países beneficiários, principalmente Senegal, Moçambique e Cuba”, destacou o coordenador do Mais Alimentos do MDA, Marco Antônio Viana Leite. Também foram mostradas as regras e formas de funcionamento do Programa no âmbito internacional, com detalhamento da portaria de normatização. A reunião contou com a presença dos grupos técnicos de cada entidade representativa parceira do Programa – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea) e Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), além de membros do agente exportador nomeado pelas empresas do setor. Pesca e Aquicultura Representantes do MDA se reuniram também nesta quarta-feira (1º) com a Abimaq para promover a inclusão de empresas fornecedoras de máquinas e equipamentos para o Mais Alimentos no atendimento ao setor de pesca e aquicultura. “A previsão é que até o final de maio sejam disponibilizados os primeiros equipamentos para atender os pescadores familiares de todo o Brasil”, explicou Marco Antônio. MDA na Agrishow O MDA promove o Feirão Mais Alimentos, na Agrishow, com a exposição de máquinas e implementos de 40 empresas e associações. Elas apresentam as mais modernas tecnologias disponíveis para propriedades da agricultura familiar. Em dois mil metros quadrados, o estande do MDA tem recebido a visita de vários agricultores familiares que são informados sobre o Programa e conhecem de perto algumas máquinas. Logística em discussão na AGRISHOW Dentro das porteiras, a agricultura nacional dá show de eficiência, com 185 milhões de grãos produzidos na última safra, recorde de todos os tempos. Para fora, no entanto, os problemas acumulam-se. A 20ª Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) não ignora esta deficiência e torna-se palco ao debate sobre os principais gargalos logísticos do País. Na manhã desta quinta-feira (02), o estante do Canal Rural reuniu especialistas de instituições privadas e públicas para discutir o assunto. Participaram o especialista em logística da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo; o diretor de infraestrutura de transportes da Aecom, Marcos Vendramini; o supervisor de marketing da Man Latin America, João Hermmann; e o gerente Jony Marcos do Valle Lopes, da Empresa de Planejamento e Logística (EPL). No Paraná, por exemplo, maior produtor de grãos do Brasil, líder no cultivo de trigo (42% do Brasil), o grande problema é o porto de Paranaguá, o segundo mais movimentado do País. Pelo local, no ano passado, passaram 44 milhões de toneladas de produtos, 70% destes oriundos do agronegócio. “O porto de Paranaguá não é exclusivo do Paraná. Ele é concedido ao Governo Federal e serve de escoamento da produção de diversos estados. Chega a ser uma surpresa que ele esteja em total abandono”, explicou o engenheiro agrônomo e especialista em logística da Faep, Nilson Hanke Camargo. Baixa profundidade do canal de acesso ao cais, fila de navios, área do cais diminuta e acesso rodoviário único, por meio da BR-277, são os principais desafios a serem superados pelo porto, segundo o especialista. Já o diretor de infraestrutura de transportes da Aecom, Marcos Vendramini, lembrou de dois outros entraves para o desenvolvimento logístico brasileiro: a falta de uma malha ferroviária mais abrangente e o estreitamento das vias de acesso ao porto de Santos. “Os custos do transporte ferroviário correspondem a 1/15 do rodoviário. As ferrovias no Brasil chegaram ao ápice em 1957. Depois daí, elas foram estatizadas e tudo foi ladeira abaixo. Hoje, por incrível que pareça, temos a mesma malha que em 1914”, revelou Em relação ao porto de Santos, Vendramini contou que o maior entrave é na chegada ao local por rodovia. “São várias as vias que vão para o litoral, mas no porto, tudo se afunila, sobrando um caminho restrito, ineficiente, que faz caminhões se transformarem em armazéns sobre rodas.” Segundo ele, de 1995 para cá, o porto cresce 6,6% ao ano – mas poucas melhorias foram feitas. “A condição das estradas e portos do País faz com que o desgaste com manutenção seja muito grande. Isso, se colocado na ponta do lápis, prejudica o produtor, o fabricante e o restante do país em cadeia, pois o chamado custo Brasil encarece”, comentou o supervisor de marketing da MAN Latin America, João Hermmann. Como resposta a tais queixas, o gerente Jony Marcos do Valle Lopes, da recém-criada EPL, do Governo Federal, anunciou que nos próximos 30 anos o Brasil irá receber R$ 253 bilhões de investimentos em logística e transporte, com iniciativas para curto, médio e longo prazo em rodovias, ferrovias, portos e para o trem de alta velocidade (TAV), que irá ligar Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Dentre as principais mudanças, estão a intensificação do Norte-Nordeste para o fluxo de rodovias e ferrovias, desafogando as vias e portos do Sul-Sudeste, a quebra dos monopólios das ferrovias, intensificação de melhorias nos 689 aeroportos regionais do País e a chegada de novas tecnologias, por meio do TAV. “Não adianta mais apagarmos incêndio. É preciso pensar lá na frente.” Notícias de Crédito Rural

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