segunda-feira, 13 de maio de 2013

13/05/2013 - 10:05

13/05/2013 - 10:05 Atualização de negociações, bilateralismo e protecionismo são desafios de brasileiro à frente da OMC Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni Eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, começa a tecer idéias sobre as soluções que o auxiliarão a conciliar interesses dos 158 países integrantes do organismo. “Pretendo assumir a agenda da organização, que é liberalizar o comércio mundial; comércio este que está preso em negociações que refletem um mundo de 30 anos atrás”, critica Azevêdo. Desvincular-se do papel de representante dos interesses brasileiros é outro desafio do embaixador. “A OMC é uma organização mundial, não posso pensar nos interesses econômicos de um único País”. Fico deve estar pronta antes de 2018 e tende a reduzir frete, para redenção da economia de MT Ambiente econômico fica estável na zona do euro no segundo trimestre Ele diz que o prejulgamento feito pelas pessoas a respeito dos possíveis favorecimentos ao Brasil só será desfeito com muito trabalho. “As pessoas pensam: você vai estar lá, vai haver algum tipo de incompatibilidade. Nenhuma. A partir desse momento será o próximo embaixador do Brasil que vai sentar nessa cadeira que vai ter que defender a agenda do Brasil, que vai ter que fazer com que os interesses do Brasil sejam defendidos na organização. Eu estarei como um mediador e facilitador de consenso, e vou trabalhar para isso”. Para Azevêdo, na medida em que se assume a direção de uma organização multilateral, a obrigatoriedade de avançar com sua agenda é natural “A OMC é uma agenda de liberalização comercial, por meio da qual se criam riquezas, regras, disciplinas, previsibilidades, que permitem também o desenvolvimento social nos países de uma maneira geral”. Quando questionado sobre multilateralismo e bilateralismo (ou regionalismo), o diretor-geral analisa que os dois sempre caminharam juntos. “Não é novidade que se estejam negociando acordos bilaterais. Esses acordos em geral são muito mais ambiciosos. É mais fácil você negociar uma coisa muito ambiciosa entre três, quatro, cinco países do que entre 158 países”. Em análise posterior, Azevêdo ressalta que as negociações são mais ambiciosas no bilateralismo, e menos no multilateralismo. “Mas à medida que o bilateral e o regional vão avançando e o multilateral fica congelado, começa a haver uma desconexão muito grande entre o que está sendo negociado na fronteira dos negócios e o que está sendo negociado na base. E isso pode criar aumento de custos e dificuldade para os negócios”. Defasado Um dos maiores desafios do novo diretor, segundo o próprio, será trabalhar com assuntos que têm impacto no dia a dia do cidadão, e que dependem de negociações que refletem um mundo de 30 anos atrás. “O preço do ingresso no estádio de futebol; do alimento que ele compra no mercado; da passagem aérea. Essas coisas são afetadas de uma maneira ou de outra pelo que é feito na OMC. O problema é que a OMC lida com temas que se aplicam a 158 países. É difícil avançar de uma maneira muito célere”. “A solução? Atualizar as regras de negociação do organismo, que não acompanham a velocidade do mundo. “O que isso significa? Que fica mais custoso, mais caro para os negócios, para os empreendedores, para as fábricas produzirem produtos. Porque cada mercado vai desenvolvendo os seus próprios padrões e encarece a produção. Então afeta a vida do cidadão”

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