quinta-feira, 23 de maio de 2013

23/05/2013 08:20

23/05/2013 08:20 Frente Parlamentar da Assembleia defenderá suinocultura Pioneira no País, representação da ALMG pretende ajudar produtores a enfrentar crise no setor Assessoria de Imprensa ALMG Em audiência pública nesta quarta-feira (22/5/13), foi instalada a Frente Parlamentar em Defesa da Suinocultura Mineira, pioneira no País. A iniciativa é da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a requerimento dos deputados Glaycon Franco (PRTB) e Gustavo Valadares (PSD). Glaycon Franco, que vai presidir a frente parlamentar, disse que sabe das dificuldades que os produtores enfrentam para implementar a produção da carne suína. O Brasil é o quarto maior exportador de carne suína do mundo. Minas é o quarto maior do País e o primeiro em consumo. “O tabu de que a carne de porco faz mal para a saúde e é gordurosa tem caído, e isso se deve ao melhoramento genético de nossos plantéis”, afirmou o parlamentar, que anunciou a criação do Dia Estadual em Defesa da Carne Suína, em 30 de abril. Convidado para a audiência, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista de Suinocultura, Vilson Covatti (PP-RS), disse que Minas Gerais é o equilíbrio da cadeia produtiva da suinocultura do País, e que não será apenas o Estado pioneiro na instalação das Frentes, mas vai contribuir com a criação dessa instância em outros Estados. “De hoje em diante, o maior estímulo para criar novas frentes é a ALMG”, afirmou. Em sua avaliação, é necessário buscar minimamente a estabilidade do setor para dar garantias de que o negócio vai continuar e não tenha risco de falência. “Não pode, na crise, descarregar o prejuízo todo nos produtores. No País, 70% deles estão endividados”, disse Covati. O presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Acemg), Antônio Ferraz de Oliveira, apresentou diretrizes para a frente parlamentar, como a tributação de carne suína de outros Estados; a criação de um fundo sanitário de marketing para garantir continuidade nos trabalhos da Acemg em prol do produtor mineiro; a mudança de critérios para emitir licença; o controle do estoque regulador de grãos (milho e soja); a criação de mecanismos para participar do leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); e a inclusão da carne suína nas refeições oferecidas pelo Estado em escolas e presídios. Gargalos - A importância da criação da frente foi destacada pelos deputados, entre eles Fabiano Tolentino (PSD) e Romel Anizio (PP). Para Gustavo Valadares, “são criadas várias frentes parlamentares, mas muitas não produzem o suficiente. Esta será uma frente singular e pró-ativa, levando reivindicações de seu setor”. Já Antônio Carlos Arantes (PSC), presidente da comissão, comentou que a suinocultura é muito mais importante para o País do que muitos brasileiros pensam. “Acabou o preconceito com a carne, mas ainda há preconceito com o produtor”, disse. “O grande gargalo da produção é o problema ambiental”, criticou o deputado Deiró Marra (PR). De acordo com ele, o custo do meio ambiente é o que trava a produção. Deiró também elogiou a produção do Alto Paranaíba, que agora desponta com a suinocultura. Seguindo a mesma linha, Inácio Franco (PV) afirmou que o suinocultor está sendo visto por órgãos do Estado até como bandido, e às vezes. é perseguido injustamente. E completou: “Ambientalistas falam de preservação sem saber do que estão falando. O produtor rural não quer prejudicar o meio ambiente. Se comete erros, é por ignorância”. Queda de exportação - Após a crise nos custos de produção em 2012, os suinocultores enfrentam queda de exportação devido a diversos fatores, entre eles, ao embargo imposto ao produto brasileiro pela Ucrânia, um dos principais importadores do produto. As exportações de carne suína do Brasil caíram 25% em abril, em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até abril de 2013, as vendas externas de carne suína somaram 156 mil toneladas, representando queda de 9% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2012. A receita no período foi de US$ 417,36 milhões, resultando na queda de 5,27% em relação ao mesmo período de 2012. Solução - Para o presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suíno, Valdomiro Ferreira, a suinocultura não é problema para o meio ambiente, é solução. “Geramos energia para esse País”, enfatizou. Já o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, Marcelo Dias Lopes, chamou a atenção para o fato de que não existiriam as grandes empresas se não fossem os produtores. Marcelo disse que o primeiro passo foi dar voz ativa ao produtor, já que apenas a indústria era ouvida. “Hoje, a situação mudou. Não conheço no Brasil um projeto feito por suinocultor que não andou. Precisamos de leis, de frente parlamentar, para abrir o canal de comunicação com todos os Poderes”, afirmou. Notícias de Política Rural

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