segunda-feira, 27 de maio de 2013

27/05/2013 07:30

27/05/2013 07:30 O consumidor urbano quer um campo na cidade, sem precisar mudar a cidade para o campo Um novo marketing, com ênfase num modelo criativo da natureza é desejado pelos consumidores urbanos na propaganda oriunda do Agronegócio Alfapress Comunicações Dos R$ 30 bilhões investidos em mídia na propaganda brasileira, cerca de R$ 7,5 bilhões são conectados ao Agronegócio: propaganda da cerveja, do café, do yogurt, café, carnes, salame, queijos, mortadela, etanol, biscoitos, além dos tratores, adubos, sementes, camionetes, etc. Pois bem, no mês de abril a ABAG, Associação Brasileira de Agribusiness com a ESPM - Escola Superior de Propaganda & Marketing de São Paulo apresentaram os dados da 1ª pesquisa nacional sobre a percepção da população urbana brasileira a respeito do Agronegócio. Dentre muitas informações que foram desvendadas, tivemos acesso a algumas em primeira-mão. E um desses pontos tem a ver com o que mais emociona e motiva o cidadão urbano das grandes cidades a respeito da comunicação de produtos oriundos do campo: quer dizer, natureza. O consumidor espera o saudável, a qualidade de vida, a paz do campo e o natural. As pessoas esperam ver gente, famílias de agricultores cuidando dos alimentos e da natureza. Por isso, cenas de campo, de natureza, do puro e saudável, o revelar fontes, mostrar onde o alimento nasce, o amor à natureza, trazendo o lado romântico da pessoa do campo ao lado dos produtos nas gôndolas dos supermercados, feiras, padarias, restaurantes e food service atinge o inspiracional e o aspiracional dos desejos e sonhos dos consumidores urbanos. Culinária e música são os dois elos mais fortes conectando cidade e campo no país. O natural, e a qualidade de vida, contam nas decisões inconscientes mentais e espirituais nos processos decisórios do consumo. Ao olharmos a propaganda conectada ao Agronegócio, no varejo, agroindústrias, serviços, nos meios de comunicação, ainda sentimos falta dessa cor, desse tom, desse paladar com base de campo, dessa coragem em revelar a poesia que esta por trás de alimentos, fibras, energia, bebidas, quer dizer, revelar a origem e o sonho embalado nesse consumo, o que permitiria realizar a seguinte vontade: trazer o campo para a cidade sem precisar mudar a cidade para o campo – o melhor dos dois mundos. Uma grande parte das organizações do Agronegócio ainda não entendeu o poder da Agrossociedade e dos segmentos dos agrolovers urbanos, embutidos nos seus processados e derivados, mas algumas já partem com sólidos exemplos publicitários na grande mídia de massa. Cooperativa Aurora falando das milhares de famílias que fazem com carinho seus produtos e com rastreabilidade, Friboi que assume que a carne tem marca, assumindo compromissos de origem e supermercados que destinam gôndolas especiais para dar visibilidade direta a cooperativas e nichos de produtores de especialidades direto do campo. O link direto campo-cidade é a mágica. O link direto people to people, agricultor-consumidor são os magos que interessam cada vez mais: bota mais campo e muito menos indústria na propaganda da agrossociedade. José Luiz Tejon Megido, Diretor Vice Presidente de Comunicação do Conselho Cientifico para a Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o núcleo de agronegócio da ESPM, Comentarista da Rede Estadão-ESPN. Notícias de Administração rural

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