sexta-feira, 17 de maio de 2013

Agricultores de assentamentos receberão apoio técnico para manejo na caatinga

Agricultores de assentamentos receberão apoio técnico para manejo na caatinga17/05/2013 | 20h38 Objetivo do governo é conciliar uso das Os agricultores familiares de assentamentos localizados em região de caatinga, que desejam gerar renda a partir de produtos extraídos desse tipo de vegetação, terão apoio de técnicos especializados em manejo florestal. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), e o Fundo Clima, do Ministério do Meio Ambiente, lançaram nesta sexta, dia 17, a chamada pública para que associações e cooperativas de assentamentos da reforma agrária e do Programa Nacional do Crédito Fundiário recebam apoio para obter lenha, carvão, frutos, estacas e forragem, mantendo a vegetação e a biodiversidade local. Os interessados em receber informações sobre como extrair os produtos de forma sustentável têm que se manifestar até o dia 16 de junho. – Quando a gente fala de caatinga vem a imagem da seca, de não existir floresta, mas a Caatinga tem biodiversidade grande e existem riquezas no bioma – disse João Paulo Sotero, gerente executivo de Capacitação e Fomento do SFB. Os dois órgãos também abriram vagas para que agentes de assistência técnica e extensão rural sejam treinados nesse manejo. – O técnico vai estar apto para prestar a assistência florestal em 1,5 ano. Como os assentamentos vão começar a trabalhar o manejo florestal agora, essa demanda vai ser cada vez maior. Então, se a gente não capacitar outras pessoas, daqui a dois anos vai faltar gente para acompanhar os agricultores que optarem por essa atividade – explicou Sotero. A expectativa do governo é apoiar, com essa chamada, cerca de 40 assentamentos e 200 técnicos. No ano passado, os órgãos ambientais federais lançaram seis chamadas públicas, sendo duas para capacitação de agentes de assistência técnica e extensão rural. Quase 1,2 mil pessoas entre estudantes de escolas técnicas e agentes foram capacitados. O objetivo do governo é conciliar uso e conservação das florestas, ou seja, preparar as comunidades locais para explorar a floresta, mas conservando o bioma, ao mesmo tempo que gera riqueza para as populações. – Embora o Brasil tenha a maior cobertura florestal do mundo e a floresta tenha papel relevante para o país, ela é pouco trabalhada enquanto geração de riqueza. Aqui a floresta é convertida em lavoura. Mas, é preciso mostrar que além de lavoura é possível gerar renda a partir do uso sustentável dos produtos – completou Sotero. Em toda a região de caatinga, projetos com o mesmo tipo de apoio já prepararam agricultores de quase 150 assentamentos de Pernambuco, da Paraíba , do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. AGÊNCIA BRASIL

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