domingo, 12 de maio de 2013

Alentejo Rota Vicentina ajuda economia local

Alentejo Rota Vicentina ajuda economia local A Rota Vicentina, um percurso pedestre de 200 quilómetros pela costa alentejana, está a cumprir um ano de existência com “grande parte” das empresas locais a sentir benefícios na facturação, revelou este domingo a coordenadora do projecto11:43 - 12 de Maio de 2013 | Por Lusa Algumas empresas, “muito bem situadas” em relação ao percurso marcado, estão a registar aumentos de 40% na sua facturação nas épocas média e baixa, indicou à agência Lusa Marta Cabral. Quando estiver concluída, a Rota Vicentina irá ligar Santiago do Cacém, no Alentejo, ao cabo de São Vicente, no Algarve, num total de 340 quilómetros de caminhos sinalizados, mas, por enquanto, apenas os 200 quilómetros alentejanos estão disponíveis. A responsável adiantou, no entanto, que os trilhos do Algarve, a partir de Odeceixe, poderão ser disponibilizados durante a primavera. A Rota Vicentina foi pensada pela Casas Brancas, uma associação com sede em Odemira e que reúne empresários da área do turismo da costa alentejana e barlavento algarvio, para internacionalizar a região como destino para amantes da natureza. Há cerca de seis meses, segundo Marta Cabral, o projecto “abriu-se” a empresas fora da associação, contando actualmente com mais de 100 parceiros. Recentemente, foi disponibilizado o novo sítio na Internet do projecto, onde se encontram, entre outras informações, as coordenadas GPS dos trilhos e uma ferramenta que permite consultar quais são os alojamentos, restaurantes, comércio e vários tipos de serviços mais próximos do local escolhido para caminhar. Durante os primeiros 12 meses, a Rota Vicentina recebeu três prémios relacionados com o turismo e as viagens, um deles britânico, tendo o filme promocional do projecto conseguido o mesmo número de distinções, todas internacionais. “Conseguimos fazer aquilo que queríamos fazer”, afirmou Marta Cabral em jeito de balanço, não escondendo, contudo, que a iniciativa precisa de “consistência e estabilidade para crescer”. Os responsáveis estão agora a trabalhar num “projecto de monitorização”, que traduza em números “o retorno para a região do investimento” na Rota Vicentina, no valor de 540 mil euros, comparticipados por fundos comunitários. Outro “desafio importante” é a sustentabilidade financeira do projecto, referiu a coordenadora, motivo pelo qual os promotores estão “à procura” de financiamento privado. Segundo Marta Cabral, a iniciativa está numa fase muito exigente em termos do envolvimento da equipa, uma vez que é necessário colocar os associados a “trabalhar em rede” para não ser “só um somatório de empresas”. “Há detalhes que queremos garantir que as empresas cumprem”, sublinhou a responsável, apontando o exemplo de alguns alojamentos que não têm aquecimento “porque só vendiam no verão”. Os promotores estão ainda a desenvolver uma rede de voluntários, que será responsável pela “manutenção física” dos trilhos. A Rota Vicentina é resultado de uma parceria público-privada, que inclui, além da Casas Brancas, a Associação Almargem, autarquias, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, entre outros.

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