terça-feira, 7 de maio de 2013

Brasileiro Roberto Azevêdo será 1º latino-americano a dirigir OMC

Brasileiro Roberto Azevêdo será 1º latino-americano a dirigir OMC terça-feira, 7 de maio de 2013 21:2 Por Tom Miles GENEBRA, 7 Mai (Reuters) - O diplomata brasileiro Roberto Azevêdo venceu a disputa para ser o próximo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), tornando-se o primeiro latino-americano e o primeiro representante do grupo Brics no cargo. Azevêdo terá pela frente o enorme desafio de revigorar o organismo global criado em 1995, que nos últimos anos foi incapaz de concluir a chamada Rodada de Doha da liberalização comercial global após um prolongado impasse nas negociações. O brasileiro derrotou o mexicano Herminio Blanco, amplamente visto como o candidato dos Estados Unidos. O mandato do atual diretor-geral, o francês Pascal Lamy, termina em 31 de agosto. O resultado do processo deveria ter sido mantido em segredo até um anúncio formal na quarta-feira, mas o governo brasileiro confirmou na terça-feira que Azevêdo, de 55 anos, venceu a última rodada de votação por ampla margem. A "troika" responsável pelo processo de seleção confirmou a escolha do brasileiro. "Nossa visão para a Direção-Geral da OMC, que favorece o diálogo e a convergência em torno da revitalização do sistema multilateral de comércio, foi muito bem recebida pelos membros durante a campanha", disse Azevêdo em nota. "A candidatura teve uma base de apoios bastante ampla e horizontal, junto a todas as categorias de países." A ascensão de um candidato dos Brics (grupo de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) ilustra a crescente força dos grandes países em desenvolvimento, num momento em que as nações industrializadas lutam para se recuperar da crise financeira de 2008. "O Brasil tinha claro que, por sua experiência e compromisso, ele (Azevêdo) poderia conduzir a Organização na direção de um ordenamento econômico mundial mais dinâmico e justo", disse a presidente Dilma Rousseff em nota. "Essa não é uma vitória do Brasil, nem de um grupo de países, mas da Organização Mundial do Comércio."

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