domingo, 26 de maio de 2013

Clorose variegada dos citros apresenta queda em pomares jovens de São Paulo na última década, aponta Fundecitrus

Clorose variegada dos citros apresenta queda em pomares jovens de São Paulo na última década, aponta Fundecitrus 26/05/2013 Incidência geral da doença de A clorose variegada dos citros (CVC), também conhecida como amarelinho, que foi a pior doença da citricultura paulista na década de 1990, tem apresentado queda nos índices em pomares jovens nos últimos anos. Um levantamento realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) registrou sintomas da doença em apenas 2,7% das árvores com até três anos, em 8,4% das plantas com idade entre três e cinco anos e em 19% dos pomares com até 10 anos em 2012. Em 1999, o índice de infecção era de 35,7%, 56,1% e 45,1%, respectivamente. A incidência geral da doença – que tem oscilado entre 35% e 40% nos últimos cinco anos e em 2012 marcou 38,4% – só não teve a mesma redução significativa porque 61% das árvores com mais de 10 anos têm CVC no Estado. As plantas foram produzidas, plantadas e manejadas antes das medidas de controle serem estabelecidas e representa 50% do parque citrícola. – O levantamento é feito com base em quatro faixas etárias, das quais três apresentam redução, mas o peso proporcional da faixa mais velha é grande no índice geral – explica o pesquisador científico do Fundecitrus Renato Beozzo Bassanezi. A queda da doença é reflexo do esforço conjunto do setor, que resultou em leis que proibiram a produção de mudas a céu aberto, que tinham maior risco de contaminação; pesquisas que identificaram a causa da doença, como ela é transmitida e como deve ser combatida; e a aplicação dos métodos de controle no pomar pelo citricultor. – Atualmente, a CVC está bem manejada e com tendência de queda nos níveis da doença nos próximos dois anos. Isso é reflexo do desenvolvimento de pesquisas avançadas no setor e do empenho do produtor no campo – aponta Bassanezi. CVC nas regiões Segundo o levantamento, em 2012, a região noroeste do Estado apresentou a maior queda de CVC em relação ao ano anterior: foi de 52,5% para 47,2%. O maior aumento vem acontecendo na região leste que, nos últimos cinco anos, passou de 15% para 40,6% de contaminação. – Este crescimento pode ser atribuído a falta ou menor manejo da doença. Os citricultores desta região precisam ficar atentos para não irem à contramão do Estado – afirma o pesquisador. Em 2011, a doença atingiu 45,1% das plantas da região. O norte do Estado é a região com mais plantas doentes: 59,7% contra 58,3%, em 2011. Não houve alteração nos índices de CVC na região central, que registrou 42,2% de plantas doentes, em 2012, e 42,4%, em 2011. O sul tem 3,8% das plantas doentes, segundo levantamento de 2012. Este número era de 2% em 2011. A região oeste, que estava com 1,1% de plantas contaminadas em 2011, não apresentou casos da doença no último levantamento. – Os níveis da doença sempre foram baixos nestas regiões devido à umidade. As condições climáticas não favorecem a manifestação da doença – ressalta. Controle A CVC é causada pela bactéria Xylella fastidiosa, que é transmitida por cigarrinhas. Na planta, a bactéria se multiplica, obstruindo os vasos do xilema, responsáveis por levar água e nutrientes da raiz para folhas e frutos, fazendo com que o tamanho do fruto diminua. Os sintomas ficam mais evidentes entre março e julho, época mais seca. O manejo é baseado em três medidas: uso de mudas sadias e certificadas, controle das cigarrinhas e podas de ramos, no caso de plantas com mais de quatro anos e sintomas iniciais, e eliminação de árvores contaminadas com até três anos de idade ou severamente afetadas. FUNDECITRUS

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