quinta-feira, 2 de maio de 2013

Embrapa Cerrados faz estudos para combater a lagarta do algodão

Embrapa Cerrados faz estudos para combater a lagarta do algodão Pelo tamanho, a lagarta parece inofensiva. Ela não mede mais do que quatro centímetros de comprimento, mas quando se multiplica na lavoura, pode ser devastadora 02/05/2013 11:10 Globo Rural A notícia do ataque da praga chegou na Embrapa através de produtores da Bahia. Eles suspeitavam que o inimigo fosse a espécie Helicoverpa zea, mais conhecida como lagarta da espiga de milho, mas o biólogo Alexandre Specht descobriu que se tratava de outra lagarta, a Helicoverpa armigera, que até então não havia sido identificada em nenhum país das Américas. A olho nu, não há nenhuma diferença entre as duas lagartas, elas são do mesmo formato e coloração. A identificação da Helicoverpa armigera só foi possível com a observação de um pequeno detalhe no órgão reprodutor masculino. Até agora, a Embrapa comprovou que a lagarta está na Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso e Paraná. As lavouras atacadas são de soja, milho e algodão. Produtores relataram a presença da praga em outros estados, mas os pesquisadores ainda não fizeram a identificação da espécie. A praga só era encontrada em países como Austrália, Portugal, Grécia, China e Índia. Ainda não se sabe como chegou ao Brasil. Os produtores tentaram combatê-la com inseticidas registrados no país, mas não houve resultado. No começo de abril, o Ministério da Agricultura autorizou a importação em caráter emergencial de um produto chamado benzoato de emamectina, que deve começar a ser aplicado em maio nas lavouras de algodão da Bahia. Os pesquisadores também recomendam que o produtor não tenha na propriedade a mesma espécie de planta em várias estágios de desenvolvimento. Esse método, conhecido como escalonamento de plantio, faz com que a lagarta tenha sempre o que comer e assim se multiplique

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