domingo, 12 de maio de 2013

Estudo "Lentidão" da recuperação económica é risco para empresas

Estudo "Lentidão" da recuperação económica é risco para empresas A lentidão da recuperação da economia é o principal risco de negócio identificado pelas empresas portuguesas, também preocupadas com a fiscalidade e justiça, disse à O estudo Aon Global Risk Management para 2013, a que a Lusa teve acesso, não dispõe de indicações específicas sobre Portugal, apenas uma análise regional, mas o gestor disse à Lusa que, na sua visão, “o principal risco de negócio para as empresas é o "de uma lentidão da recuperação económica”, mais do que de uma desaceleração da actividade. Também em Portugal se verifica a “consistência” observada no risco de recessão económica/recuperação económica lenta, bem como o risco de um “conjunto de aspectos regulatórios e de alterações legislativas, nos quais se incorpora a questão fiscal e da justiça”, salientou. Quanto ao risco relacionado com o aumento da concorrência, Pedro Penalva admitiu que é igualmente percebido e enfrentado pelas empresas em Portugal e que a questão fiscal e jurídica implica “uma pressão adicional” sobre as margens financeiras dos negócios. “Não temos dúvidas de que os principais riscos", como a recessão económica/recuperação económica lenta, alterações legislativas/regulatórias e aumento da competitividade, são os que são percebidos de "uma forma mais vincada, em linha com o que acontece no resto da Europa e no mundo”, concluiu. O estudo Aon Global Risk Management envolveu 1.415 empresas de 28 setores da indústria em 70 países de todas as regiões do mundo, ordenando os 50 principais riscos de negócio enfrentados pelas organizações e focou-se nos 10 principais riscos em 2013 e na forma como estes poderão mudar em 2016. Em primeiro lugar surge o risco de recessão económica/recuperação económica, seguido do risco de alterações legislativas/regulatórias e do aumento da competitividade no conjunto dos dez principais riscos identificados pelas empresas. “Num momento marcado pela volatilidade, por acontecimentos que quase diariamente afectam a vida das pessoas e das empresas, em que existe um potencial para criar alguma disrupção no normal desenvolvimento das empresas, há uma consistência na identificação destes três riscos estratégicos na sua natureza, complexos, mas acima de tudo globais nas suas consequências”, salientou o responsável. Pedro Penalva disse também à Lusa que é de assinalar no estudo "a distribuição mais ou menos equilibrada” das respostas na Europa e nos Estados Unidos. Sobre o risco político, que tem hoje uma “grande importância”, Pedro Penalva disse à Lusa que poderá ter uma “maior preponderância” nos próximos três anos. O trabalho evidencia também "o carácter sistémico dos riscos" e mostra que em 2016 a desaceleração económica e a lentidão do crescimento nos países que estão a viver climas depressivos manter-se-á", bem como se registará um aumento do risco político. Realizado no último trimestre de 2012, o estudo da Aon abrangeu diferentes sectores desde a agro-indústria, aviação, banca, indústria química, construção, educação, organizações sem fins lucrativos, turismo, aviação, seguros até à saúde. O grupo britânico Aon é uma organização global e diversificada que presta serviços especializados de consultoria de gestão de riscos, corretagem de seguros e resseguros e gestão de capital humano, através da sua rede mundial localizada em mais de 120 países.

Nenhum comentário:

Postar um comentário