quinta-feira, 23 de maio de 2013

Eurico Brilhante Dias PS nega hora do investimento e acusa Governo de propaganda

Eurico Brilhante Dias PS nega hora do investimento e acusa Governo de propaganda 20:39 - 23 de Maio de 2013 | Por Lusa O PS contrariou hoje a tese do ministro das Finanças de que Portugal está na hora do investimento, alegando que o país vive antes num quadro de desconfiança e com um Governo Esta posição foi assumida pelo membro do Secretariado Nacional do PS Eurico Brilhante Dias, após os ministros de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, e da Economia, Álvaro Santos Pereira, terem apresentado um conjunto de medidas de estímulo à economia, entre elas o Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento (CFEI). Uma medida que poderá, no limite, reduzir a taxa efetiva de IRC para 7,5% face aos atuais 25% a que são tributadas as empresas. Nessa conferência de imprensa, o ministro das Finanças disse que a hora é do investimento e o PS reagiu imediatamente a esta declaração. "Hoje não é a hora do investimento. Para ser a hora do investimento era preciso também ser a hora da credibilidade e da confiança e, infelizmente, essa hora ainda não chegou", contrapôs Eurico Brilhante Dias. Segundo o dirigente socialista, o Governo apresentou hoje uma medida, o CFEI, "que já tinha apresentado há três semanas, e apenas com duas notas". "O Governo não apresenta o seu impacto orçamental e a única grande novidade é que o período de elegibilidade do investimento é agora mais curto do que era ainda há três semanas. Quer o PS, os parceiros sociais e os empresários disseram há três semanas que este conjunto de medidas têm duas lacunas, porque não olham para o mercado interno e para a criação de emprego. Essas lacunas permanecem", advogou o membro da direção do PS. Depois de criticar a ausência de avanços em projetos de investimento como o túnel do Marão, ou a linha ferroviária de Sines, assim como a resistência do Governo ao aumento do salário mínimo, Eurico Brilhante Dias referiu que o banco de fomento, apontado pelo ministro da Economia segundo semestre de 2014, fica agora pela voz de Vítor Gaspar "sem qualquer prazo para arranque". "Hoje tivemos dois ministros na mesma sala [Álvaro Santos Pereira e Vítor Gaspar] mas a diferença entre eles mantém-se", apontou, numa conferência de imprensa em que também sustentou que o CDS "tem uma espécie de moção de censura condicionada até ao Orçamento para 2014". Em relação às medidas apresentadas hoje pelo Governo, Eurico Dias disse que todas as medidas com as quais o PS concordar "votará favoravelmente na Assembleia da República". "Todas as medidas que o Governo apresentar de apoio ao investimento e à criação de emprego, dentro do quadro das prioridades do PS para que Portugal saia da crise, terão acolhimento favorável deste partido", frisou, antes de manifestar dúvidas sobre o crédito fiscal, sobretudo no que toca ao período de elegibilidade. "Essa medida terá grandes dificuldades de eficácia, porque o período é tão curto que investimentos preparados já estão em execução e preparar investimento desse montante, colocando-o em execução até 31 de dezembro de 2013, será muito difícil. Mais do que eficaz, esta medida é propaganda fiscal", acrescentou.

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