segunda-feira, 6 de maio de 2013

Exportações crescem e balança volta ao azul no início de maio

Exportações crescem e balança volta ao azul no início de maio 06/05/2013 15h18 - Atualizado em 06/05/2013 15h39 Na semana passada, superávit comercial somou US$ 409 milhões. Média diária de exportações semanal foi As exportações brasileiras reagiram na semana passada, quando registraram, pela média diária, o segundo melhor desempenho deste ano. O fato levou a balança comercial brasileira (vendas externas menos importações) a retornar ao azul no início de maio, segundo números divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em abril, o saldo comercial ficou negativo (com mais importações do que importações) em US$ 994 milhões. Foi o pior mês de abril da série histórica do Ministério do Desenvolvimento. Na semana passada, com apenas dois dias úteis, o saldo comercial ficou positivo em US$ 409 milhões, resultado de exportações de US$ 2,31 bilhões, com média diária de US$ 1,15 bilhão, ao mesmo tempo em que as compras do exterior totalizaram US$ 1,9 bilhão - com média de US$ 950 milhões por dia útil. Exportações e importações Os números oficiais mostram que o saldo positivo da balança comercial foi registrado, principalmente, pelo bom desempenho das exportações. A média diária da semana passada, de US$ 1,15 bilhão, foi a segunda melhor deste ano, perdendo apenas para a primeira semana de março (média de US$ 1,2 bilhão por dia útil). "Nas exportações, comparada a média da primeira semana de maio de 2013 com a de maio de 2012 (US$ 1,05 bilhão), houve aumento de 9,5%, em razão do crescimento das exportações de produtos manufaturados (+21,8%, de US$ 355,4 milhões para US$ 433,0 milhões), por conta de automóveis e autopeças, suco de laranja não congelado, açúcar refinado, hidrocarbonetos, etanol e tratores, e básicos (+13,4%, de US$ 538,6 milhões para US$ 611,1 milhões) por conta de farelo de soja, minério de ferro, carne bovina e suína e soja em grão", informou o Ministério do Desenvolvimento. Por outro lado, acrescentou o governo, caíram as vendas de produtos semimanufaturados (-33,8%, de US$ 135,9 milhões para US$ 90,0 milhões), por conta, principalmente de óleo de soja em bruto, ferro fundido, semimanufaturados de ferro/aço e açúcar em bruto. Já as importações registraram crescimento menor, de 3,3%, contra maior do ano passado, por conta do aumento de gastos, principalmente, com aparelhos eletroeletrônicos (+67,3%), adubos e fertilizantes (+50,2%), plásticos e obras (+35,9%), instrumentos de ótica e precisão (+15,5%) e veículos automóveis e partes (+12%). Acumulado do ano Apesar do resultado comercial positivo da semana passada, o saldo deste ano, na parcial até 3 de maio, ficou deficitário em US$ 5,7 bilhões. No período, as exportações somaram US$ 73,77 bilhões, com média diária de US$ 878 milhões e queda de 3,6% frente ao mesmo período do ano passado, ao mesmo tempo em que as importações totalizaram US$ 79,51 bilhões - com média de US$ 946 milhões por dia útil e alta de 9,2% sobre o mesmo período de 2012. O fraco desempenho da balança comercial acontece em meio à crise financeira internacional e, segundo o governo federal, também está relacionado com o atraso na contabilização da importação de combustíveis e derivados. O atraso na contabilização das importações de combustíveis aconteceu porque, em julho de 2012, a Receita Federal editou a instrução normativa 1.282, que concedeu um prazo de até 50 dias para registro das importações de combustíveis e derivados feitas pela Petrobras. Normalmente, as empresas têm 20 dias para fazer o registro. Cerca de US$ 3,5 bilhões em importações de petróleo e derivados que aconteceram, de fato, em 2012 foram contabilizadas nos quatro primeiros meses deste ano. A expectativa do governo é de que mais US$ 1 bilhão em importações já realizadas no ano passado sejam contabilizadas em maio. Resultado do ano de 2012 Em todo o ano de 2012, o superávit da balança comercial brasileira somou US$ 19,43 bilhões, o menor saldo positivo em dez anos. Com isso, o superávit da balança comercial registrou queda de 34,7% em relação ao ano de 2011, quando o superávit totalizou US$ 29,79 bilhões. Expectativa para 2013 Para 2013, ano que ainda será influenciado pelos efeitos da crise financeira internacional e pela concorrência acirrada pelos mercados que ainda registram crescimento econômico – como é o caso do Brasil –, os economistas dos bancos acreditam que o valor do superávit da balança comercial (exportações menos importações) registrará nova queda, atingindo cerca de US$ 10 bilhões. O Banco Central, por sua vez, projeta um superávit da balança comercial de US$ 15 bilhões para 2013, com exportações de US$ 264 bilhões e importações de US$ 249 bilhões. tópicos: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Alexandro Martello Do G1, em Brasília

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