quinta-feira, 16 de maio de 2013

Falta de estrutura da polícia compromete fiscalização de roubo de gado no Rio Grande do Sul

Falta de estrutura da polícia compromete fiscalização de roubo de gado no Rio Grande do Sul 16/05/2013 Segundo a Brigada Militar do Estado, 90% dos ladrões são do Uruguai Cristiane Viegas Além das áreas pouco monitoradas e das fronteiras, a falta de servidores e viaturas da polícia brasileira complica o trabalho de combate ao roubo de gado no Rio Grande do Sul. Em diversos locais, o recolhimento de gado, cavalo e ovelhas ao anoitecer se incorporou à rotina dos pecuaristas. A ideia é dificultar a ação de criminosos, como diz o pecuarista, Neri Torres: – Se deixa muito compromisso para fazer. Às vezes, de manhã, a primeira coisa que se faz é contar o gado. Quando toca o telefone, a gente já atende em estado de nervos, já é notícia ruim. Segundo a Brigada Militar, 90% dos ladrões são do Uruguai e furtam os animais para abates em açougues clandestinos no país vizinho. Na maioria dos casos, eles são abatidos no campo mesmo, como lembra Neri Torres. – Vai para os açougues, né? O que temos notícia é que tem bem mais pro lado do Uruguai do que para o lado do Brasil. Um dos problemas é que a polícia brasileira não tem autoridade em terras estrangeiras, por isso, qualquer ação no país vizinho depende do trabalho dos servidores uruguaios, como lembra o tenente da Brigada Militar, Romildo do Espírito Santo. – Seria melhor entrar em contato com a polícia do Uruguai, aí ficaria a cargo deles. A gente repassa a informação pra eles, a gente não pode fazer mais nada. Segundo o tenente, ainda há uma rede criminosa que atua, facilitando o trânsito de animais roubados. – Eles conseguem uma nota, e não é que essa nota seja fria, nem falsificada. Uma pessoa fornece para eles essas notas, e com elas, eles transportam os animais para qualquer lugar do Estado. Como não têm, muitas vezes, denúncia de roubo, o gado vai passando, muitas vezes esse gado vai para frigorífico, onde é abatido e não se tem conhecimento de mais nada depois. O fato de não existir uma grande fiscalização dificulta o flagra dessas ações. Atualmente, a Patrulha Rural de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, conta com quatro viaturas para fiscalizar toda a região. São 240 quilômetros de fronteira seca, e mais sete mil de estradas rurais. Pelo menos 15 policiais se revezam nos atendimentos às ocorrências que vão muito além do Abigeato. CANAL RURAL

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