quarta-feira, 1 de maio de 2013

Falta de locais de armazenagem faz produtores perderem até 15% da safra

Falta de locais de armazenagem faz produtores perderem até 15% da safraPrejuízo 01/05/2013 | 19h16 Produtor também perde com congestionamentos e filas nas estradas e portos Wllyssys Wolfgang | Ribeirão Preto (SP) Sem locais para armazenar os grãos, produtores chegam a perder mais de 15% da produção em impurezas e resíduos pagos aos armazéns terceirizados. Na hora de escoar, o produtor também perde com os congestionamentos e filas nas estradas e portos, causados pela supersafra. Muitos desses produtores têm procurado silos e tecnologias de armazenamento na 20ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), que acontece em Ribeirão Preto (SP). Gilberto Cavenagh, que tem uma propriedade na zona rural de Mogi Mirim, foi à Agrishow nesta quarta, dia 1º, procurar uma solução para o seu problema. A última safra de milho em sua propriedade foi boa, mas ele ainda não tem armazéns. Cavenagh está buscando silos para poder conseguir guardar por mais tempo os grãos e vendê-los quando os preços estiverem melhores. Mas não é só Cavenagh que está preocupado com armazenagem. O assunto tem sido tema da conversa de muitos produtores no país inteiro. – Nessa supersafra, nem os armazéns cadastrados na companhia nacional de abastecimento (Conab) deram conta de receber os grãos – disse Edivaldo Del Grande, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) O superintendente da Conab, Rafael Bueno, afirmou que a expectativa é aumentar em 80% os armazéns. A falta de armazéns obriga o escoamento imediato da safra, comprometendo a eficiência da comercialização, tanto do abastecimento interno, quanto na competitividade no mercado externo. Além de desafogar as estradas, a utilização de armazéns nas propriedades evita que os produtores paguem pelas impurezas, ao enviarem os grãos direto da lavoura para os armazéns de cooperativas ou empresas privadas. Uma economia que pode ultrapassar os 15%. As cooperativas, que contam com cerca de 21% dos armazéns de grãos, também não têm estrutura para receber toda a demanda que vem do campo.

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