domingo, 12 de maio de 2013

FMI África subsariana vai ser das regiões mais dinâmicas do Mundo

FMI África subsariana vai ser das regiões mais dinâmicas do Mundo A África subsariana "deve tornar-se uma das regiões mais dinâmicas do mundo", só atrás de parte da Ásia, segundo a directora do departamento africano do Fundo Monetário Internacional, comentando a divulgação de um relatório sobre esta zona do mundo.14:03 - 12 de Maio de 2013 | Por Lusa A África subsariana deverá tornar-se uma das regiões mais dinâmicas do mundo, logo a seguir aos países emergentes na Ásia", disse Antoinette Sayeh, responsável pelo departamento africano no FMI, sublinhando que as previsões da entidade liderada por Christine Lagarde apontam para um crescimento desta zona de 5,1% no ano passado, 5,4% em 2013 e 5,7% no próximo, segundo um relatório divulgado na sexta-feira. "O forte crescimento que a China continua a registar é um ponto de apoio para os países africanos", dado que este país asiático continua a ser um parceiro importante da África subsariana, disse Sayeh numa entrevista a propósito do relatório sobre as perspectivas regionais de crescimento desta zona do mundo. De acordo com o FMI, o comércio entre estes dois blocos mundiais passou de 30 mil milhões de dólares em 2005 para mais de 200 mil milhões no ano passado. Angola foi o país lusófono com maior crescimento económico em 2012, mas Moçambique deverá sobrepor-se em 2013 e a Guiné-Bissau poderá suceder-lhes em 2014, prevê o FMI no relatório. Segundo as perspectivas económicas do FMI para a África Subsaariana, o Produto Interno Bruto (PIB) de Angola cresceu 8,4% em 2012, a quarta maior taxa da região depois da Serra Leoa (19,8%), do Niger (11,2%) e da Costa do Marfim (9,8%). "Angola experimentou uma aceleração visível, sobretudo devido a uma recuperação significativa do sector do petróleo e a uma melhoria da produção eléctrica", escreve a instituição no seu relatório. Para 2013, e ao contrário da média dos países exportadores de petróleo, cujos crescimentos económicos deverão acelerar moderadamente, a economia angolana deverá abrandar para 6,2%, voltando a acelerar para 7,3% em 2014. Esse abrandamento surge ao mesmo tempo que uma forte aceleração da economia moçambicana, que passa de um crescimento de 7,5% em 2012 para 8,4% em 2013, o que coloca o país no primeiro lugar das taxas de crescimento dos países lusófonos esse ano. Já para a Guiné-Bissau, que teve uma recessão de 1,5% em 2012, ano em que sofreu mais um golpe de Estado, o FMI prevê um crescimento de 4,2% em 2013 e de 10,2% em 2014. No relatório, o FMI escreve que a gradual normalização da actividade económica em países atingidos por crises políticas e conflitos em 2012 - como a Guiné-Bissau e o Mali - está entre os factores que deverão suportar o crescimento económico da região em 2013. Em relação a Cabo Verde, o único dos lusófonos na categoria dos países de rendimento médio, o FMI prevê um abrandamento do crescimento económico em 2013, de 4,3% para 4,1%, e uma aceleração em 2014, para 4,5%. Já o crescimento da economia de São Tomé e Príncipe deverá acelerar nos próximos dois anos, de 4,0% em 2012 para 4,5% em 2013 e 6,0% em 2014.

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