quarta-feira, 8 de maio de 2013

Fraqueza europeia e preço de minério pesam sobre ArcelorMittal

Fraqueza europeia e preço de minério pesam sobre ArcelorMittal quarta-feira, 8 de maio de 2013 LUXEMBURGO, 8 Mai (Reuters) - O maior grupo siderúrgico do mundo, ArcelorMittal, sofreu no primeiro trimestre com uma demanda "muito fraca" da Europa e queda nos preços de minério de ferro, afirmou o presidente-executivo da companhia, Lakshmi Mittal, nesta quarta-feira. A ArcelorMittal, que produz cerca de 6 a 7 por cento do aço produzido no mundo, tem afirmado que espera que o consumo mundial do insumo este ano suba 3 por cento, mas a demanda europeia deve cair entre 0,5 e 1,5 por cento após recuo de 9 por cento em 2012. "Estamos vendo que pode ser mais para queda de 1,5 do que de 0,5 por cento porque o primeiro trimestre foi muito fraco. Começou bem, mas conforme avançamos nele, parece fraco", disse Mittal à Reuters durante encontro anual de acionistas da companhia. O consenso de analistas segundo uma pesquisa da Reuters espera que a ArcelorMittal divulgue queda no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 31 por cento, para 1,36 bilhão de dólares, quando publicar seu balanço na sexta-feira. Depois da recessão de 2008-2009, as siderúrgicas europeias se beneficiaram de uma grande retomada na demanda de veículos, parcialmente provocada por programas de renovação de frota, enquanto o setor de construção mal se recuperou. Porém, a demanda por veículos na Europa voltou a cair. "A demanda por veículos da Peugeot e Renault caiu 20 e 30 por cento no primeiro trimestre", disse Mittal. Ele afirmou que ainda acredita que o mercado europeu possa mostrar sinais de recuperação no segundo semestre. Mittal afirmou que os preços de minério de ferro caíram para cerca de 128 dólares a tonelada ante nível de 157 a 158 dólares no início do trimestre. Cerca de 24 por cento do Ebitda da ArcelorMittal em 2012 veio da área de mineração, principalmente de minério de ferro. O executivo afirmou que a demanda chinesa provavelmente vai crescer entre 2,5 e 3 por cento este ano. Em fevereiro, a companhia havia previsto uma expansão de 3 por cento. "Está forte em veículos e construção, mas recentemente houve algum aperto de crédito e estamos vendo uma desaceleração da demanda em geral", disse Mittal. Nos Estados Unidos, ambos os setores têm se mostrado fortes, afirmou o executivo. (Por Robert-Jan Bartunek e Patrick Graham) © Thomson Reuters 2013 All rights reserved.

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