segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ibovespa cai mais de 1%, descolado dos pares

Ibovespa cai mais de 1%, descolado dos pares Lucas Bombana (lbombana@brasileconomico.com.br) 13/05/13 17:55 Ações das construtoras foram as âncoras responsáveis por trazer o principal índice da Bolsa brasileira para baixo. Na contramão dos pares internacionais, o Ibovespa iniciou a semana com uma queda de mais de 1% na sessão desta segunda-feira (13/5), influenciado pelo desempenho ruim das ações das construtoras. O principal índice da BM&FBovespa terminou o dia em baixa de 1,20%, aos 54.447 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,956 bilhões. Entre os pares americanos, o Dow Jones caiu 0,18%, o S&P 500 ficou estável, e o Nasdaq avançou 0,06%. Após reportar na sexta passada (10/5) que seus lançamentos caíram 34% no primeiro trimestre, na comparação anual, e com uma queda de 47% nas vendas contratadas, a Gafisa viu seus papéis GFSA3 registrarem um recuo de 4,99% nesta segunda, o segundo maior do índice. O primeiro trimestre também não foi dos melhores para a Brookfield, que informou quarta passada (8/5) uma baixa de 36,2% em seus lançamentos, e de 25% nas vendas contratadas, em bases anuais. Hoje o papel BISA3 teve a maior desvalorização do Ibovespa, de 5,38%. A Light, que reportou baixa de 43,8% em seu lucro líquido, também na noite de sexta, completou as três maiores quedas do índice teórico, com uma baixa de 3,81% do LIGT3. Na avaliação de Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, mais do que a temporada de balanços, o ambiente macroeconômico do país como um todo é um peso que tem impedido o Ibovespa de acompanhar a tendência de seus pares. "Infelizmente me parece que a Bolsa brasileira continua muito presa aos problemas internos, as incertezas que existem com o nível da atividade fraca, a inflação pressionada, e as dúvidas em relação à política monetária", afirma Rosa. "Tudo isso acaba afastando o investidor. O Ibovespa fica preso nessa armadilha de contradições, e não consegue sair dos 55 mil pontos", emenda o especialista. Nos Estados Unidos, os principais índices, que chegaram a apresentar uma performance abaixo da observada no fechamento, passaram a uma recuperação após os dados sobre as vendas no varejo da região, que subiram 0,1% em abril, contra as estimativas de recuo de 0,3%. Destaques Fora do Ibovespa, as ações HRTP3 desabaram 17,39%, após a renúncia de seu presidente na America, Wagner Peres. Por outro lado, figuraram entre as maiores altas do dia os ativos VAGR3, da V-Agro, com alta de 5,26%. O movimento ocorreu a despeito da companhia ter divulgado, também na noite da última sexta, que reverteu o lucro de R$ 16,8 milhões do primeiro trimestre de 2012 para um prejuízo de R$ 51,3 milhões no período homólogo do ano corrente. Ainda assim, a receita subiu 8,6%, e o Ebitda avançou 28,2%. Completaram as maiores altas a OGXP3, que subiu 2,45%, e a JBSS3, com alta de 2,42%. Câmbio No mercado de câmbio, assim como o de Bolsa, o dólar fechou ante o real descolado dos pares, com queda de 0,74%, cotado a R$ 2,009 na venda. O resultado da balança comercial na segunda semana de maio, e a operação da Petrobras, que emitiu US$ 11 bilhões em bônus no exterior, foram os maiores responsáveis por tal distorção, explica Maurício Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi. "Acredito que esses tenham sido os principais fatores que tenham feito o Real descolar do comportamento das outras moedas frente ao dólar", diz o especialista.

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