quinta-feira, 9 de maio de 2013

Indeferidos empréstimos a pecuaristas de Mato Grosso

Indeferidos empréstimos a pecuaristas de Mato Grosso 09/05/2013 07:29 Pecuaristas mato-grossenses estão com problemas na liberação de recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). Esta não é a primeira vez que os produtores ficam sem acessar os recursos em Mato Grosso, mesmo depois de ter o projeto aprovado. Para 2013 foram disponibilizados cerca de R$ 780 milhões, dos quais R$ 270 milhões foram contratados este ano, tendo ainda disponíveis pouco mais de R$ 500 milhões. O entrave na liberação do empréstimo para o pecuarista está relacionado a problemas administrativos, uma vez que ainda há recursos em caixa, mas não há um fluxo definido para regularizar as concessões. O gerente de agronegócios do Banco do Brasil, Brasiliano Borges, explica que em abril houve um aumento na demanda por crédito e consequentemente de liberação de recursos e que agora está sendo recalculado o montante a ser disponibilizado em maio. “Não acabou o dinheiro para Mato Grosso, estamos apenas fazendo a recomposição da carteira”. O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari considera inaceitável este tipo de situação. “O pecuarista reúne documentação, paga para fazer projeto e na hora de fazer o investimento fica impedido por atraso na liberação do recurso”. Para Vacari, o governo federal precisa reavaliar os critérios adotados na hora de credenciar as instituições financeiras que irão operar o FCO. “Se mais bancos tiverem a oportunidade de conceder o empréstimo, aumenta a concorrência e com certeza a qualidade dos serviços prestados”. A falta de crédito é dos principais entraves para o desenvolvimento da cadeia da pecuária de corte, que há alguns anos tem sofrido com a degradação de pastagem. O secretário-adjunto de agricultura, Luiz Alécio, afirmou que o volume ofertado pelo governo federal não é suficiente, mas que uma suplementação deverá ser feita para garantir os recursos. Um pecuarista, que pediu para não ser identificado com medo de ter seu projeto indeferido, contou que o Banco do Brasil não tem culpa do dinheiro não ser suficiente, mas que deveria monitorar melhor as cartas de crédito protocoladas para evitar que os produtores invistam em projeto, documentação para depois ter o financiamento impedido. O projetista Alexandre Cecco confirmou que seus clientes relataram dificuldades para ter o crédito liberado, mas que fontes ligadas ao banco informaram que o problema é provisório e que ainda em maio as operações deverão ser regularizadas. “Me passaram que era uma interrupção temporária, mas sabemos que este ano o crédito está mais restrito”. Balanço 2012 - No ano passado, o governo disponibilizou pouco mais de R$ 600 milhões para o FCO Rural, porém a demanda foi de R$ 800 milhões, o que gerou uma fila de espera no banco para este ano. De acordo com Luciano Vacari, se há mais demanda que oferta, o Banco do Brasil não pode divulgar que há crédito disponível. “O pecuarista acredita que vai conseguir o dinheiro, investe e depois não é atendido”. Fonte: Assessoria (foto: Edinilson Aguiar/assessoria)

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