domingo, 12 de maio de 2013

Indústria pede inclusão de bancos privados no financiamento de obras

Indústria pede inclusão de bancos privados no financiamento de obras12/05/2013 - 10h30 Sinicon participou de reunião em São Paulo com Após o anúncio de elevação da taxa de retono das rodovias que serão concedidas à iniciativa privada, dos 5,5% ao ano para 7,2%, a indústria e os investidores ainda discutem com o governo as condições de financiamento das obras. Em reunião realizada na sexta-feira (9) em São Paulo, no escritório do Ministério da Fazenda, o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) defendeu a inclusão dos bancos privados no programa de concessões, lançado pelo governo em agosto do ano passado, para incentivar investimentos na infraestrutura do país. É importante que os bancos privados também participem deste processo e que não fique restrito somente aos bancos públicos", afirmou o presidente do Sinicon, Rodolpho Tourinho, após a reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e representantes do BNDES, Banco do Brasil (BB) e Caixa. "O governo e o Tesouro também estão dispostos a dar aos bancos privados as mesmas condições dos bancos oficiais", disse Tourinho, acrescentando que essa possibilidadade deverá ser discutida também entre o governo e as instituições financeiras. "Discutimos aqui a importância dos bancos privados participarem desse processo nas mesmas condições do funding do BNDES", acrescentou. O representante da indústria de infraestrutura lembrou que o governo já decidiu repassar recursos do Tesouro para a Caixa e BB nas mesmas condições que hoje são disponibilizadas ao BNDES, de forma a incluir também os bancos públicos no financiamento de longo prazo das grandes obras de infraestrutura. Segundo Tourinho, está sendo discutida a possibilidade de se criar um sindicato entre os bancos públicos e privados para que o Tesouro Nacional possa repassar recursos para financiamentos dos projetos de concessões de rodovias e ferrovias e do financimento das obras previstas nos próximos anos. "No momento que você têm mais ofertantes, também tem mais flexibilidade e poder de escolha", avaliou. Para ele, as condições de financiamento devem ser definidas antes da realização dos leilões de forma a não deixar incertezas para os investidores. Financiamento para 25 anos Na reunião do começo da semana em que foi acertada a elevação da taxa de retorno financeiro das concessões de rodovias, foi decidido também que a chamada taxa alavancada cairá de 80% para 70%. Esse é o porcentual que o investidor poderá alavancar de financiamento nas instituições financeiras para a realização dos investimentos. Na avalição do representante da indústria, os projetos são atrativos e os bancos privados só não tem participado porque eles não têm recursos suficientes para financiar projetos de longo prazo. "A necessidade de recursos é muito grande. Os bancos não tem um funding que cubra 25 anos. Por mais que ele quisessem, não teriam como fazer. Quais são os recursos dos bancos hoje? Eles vão captar lá fora, com risco cambial? Vai colocar dinheiro da caderneta, do depósito à vista? Não pode. Por isso é importante que alguém dê um funding de 25 anos", disse. A primeira fase do chamado Programa de Investimentos em Logística prevê a aplicação de R$ 133 bilhões na reforma e construção de rodovias federais e ferrovias. Para os próximos 25 anos a previsão é de investimentos entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões, sendo 70% desse valor em financiamentos. . Fonte: G1 Keywords: financiamento, governo, recursos, investimentos, bndes, bancos privados, bancos públicos

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