México e Brasil concorreram "de mãos dadas", diz chanceler mexicano

17 de Maio de 2013, ás 20h11min Por Johanna Nublat BRASÍLIA, DF, 17 de maio (Folhapress) - Chanceler do país derrotado na disputa à direção da OMC (Organização Mundial do Comércio), o mexicano José Antonio Meade afirmou que seu país e o Brasil competiram "de mãos dadas" e, hoje, "festejam juntos" a eleição do brasileiro Roberto Azevêdo. "Comemoramos juntos o fato que o novo diretor-geral da OMC seja um latino americano, que era um objetivo que compartilhávamos desde que o México decidiu participar do processo (...) Declarei que não havia espaço para divergência com o Brasil. Foi um processo em que participamos de mãos dadas e, hoje, festejamos juntos", disse Meade hoje, logo após reunião com seu colega brasileiro, o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores). Patriota disse que a visita do mexicano, dias após a divulgação do resultado da disputa pela OMS, "não deixa de ser uma demonstração da amizade e da maneira como México e Brasil se relacionam". Comércio Mais Dinâmico O chanceler mexicano defendeu relações comerciais mais dinâmicas com o Brasil, via a assinatura de acordos empresariais em áreas de interesse mútuo. "Fizemos um acordo com o ministro Patriota de reativar reuniões binacionais até o último trimestre do ano e estabelecer uma agenda para que possamos identificar áreas de oportunidade para que grupos empresariais comuns estabeleçam esse dinamismo", disse. Um dos campos de "grande interesse" para o país é a energia, citou Patriota. Meade reforçou: "Se identificam, a partir desse primeiro diálogo, áreas de oportunidade para que a Pemex e a Petrobrás possam realizar algumas operações de aproximação. Isso também vai permitir a construção de uma nova relação entre ambas as empresas". Fim dos Vistos Os dois ministros ainda comemoraram o fim dos vistos de curta duração entre os dois países, decisão que entrou em vigor hoje. A necessidade de vistos, segundo Meade, "foi identificada como elemento inibidor do tipo de relação que os dois países gostariam de ter". TNOnline FolhaPress