segunda-feira, 6 de maio de 2013

Produtores de soja de MT pleiteiam retomada das atividades portuárias na região de Cáceres

Produtores de soja de MT pleiteiam retomada das atividades portuárias na região de Cáceres Atividades comerciais na hidrovia Paraguai-Paraná estão bloqueadas por decisões da Justiça Federal 06/05/2013 Eduardo Silva | Cáceres (MT) Mato Grosso tem apenas uma hidrovia, a Paraguai-Paraná. Porém, decisões da Justiça Federal impedem a movimentação comercial na região. Os produtores de soja buscam junto ao Congresso Nacional a retomada das atividades portuárias na região de Cáceres, o que tornaria o escoamento de grãos até 30% mais barato. A 70 quilômetros de Cáceres, no Pantanal Matogrossense, uma das alternativas para o escoamento da safra de grãos de Mato Grosso é o Rio Paraguai, que faz fronteira com a Bolívia. A hidrovia desce até o Rio Paraná e termina no Estuário do Prata, onde há portos maiores e já preparados para exportação. São 3400 quilômetros de Cáceres, passando por Corumbá no Mato Grosso do Sul, até os portos de Nueva Palmira no Uruguai e os de Santa FO transporte fluvial é o meio mais barato do mundo e também o mais ecológico. Uma barcaça de médio porte pode comportar duas mil toneladas de grãos. Já um comboio com 15 barcaças tiram das estradas até 1050 caminhões. Tudo isso é movimentado na água por apenas dois motores, o que reduz a emissão de gases poluentes. O primeiro estudo a ser realizado para o início das atividades é o de impacto ambiental. Desde a década de 1990, há decisões da Justiça Federal que impedem a navegação comercial na região. O maior entrave fica por conta das questões indígenas. Os secretários das pastas do Meio Ambiente do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul demonstram interesse na busca pela liberação da chamada Ecovia Paraguai-Paraná. O novo terminal portuário de Santo Antônio das Lendas deve operar através da iniciativa privada e movimentar cerca de oito milhões de toneladas de grãos por ano de safra. O investimento previsto é de R$ 60 milhões, sendo R$ 20 milhões por terminal. Já existe uma previsão de investimentos federais de R$ 53 milhões para sinalização e para melhorar a navegação do Rio Paraguai até Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Os recursos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento do governo Federal, o PAC Dois. Na ponta do lápis, o custo-logística hoje consome, em média, 415 dólares por hectare colhido. Com a rota fluvial, esse custo deve cair entre 25% e 30%. O terminal fluvial de cargas de Santo Antônio das Lendas vai beneficiar produtores em um raio de 400 quilômetros. Outra vantagem é que as embarcações que descem com os grãos deverão retornar da Argentina e do Uruguai com trigo para ser beneficiado na zona de processamento de exportação de Cáceres. Após a moagem, a farinha deve abastecer Mato Grosso, Rondônia e Acre. Também deve haver importação de cloreto de potássio, componente fundamental para a adubação do solo. Produto em volume suficiente para abastecer todo o Centro-Oeste, reduzindo o preço do adubo na região. O estudo de impacto ambiental só deve ser realizado após a liberação do Congresso. Na sequência, serão feitos estudos de viabilidade técnica-econômica-ambiental da estação de transbordo de cargas em Cáceres. é e Rosário, na Argentina

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