sexta-feira, 24 de maio de 2013

Reestruturação da BRF na Argentina só deve terminar em 2014

Reestruturação da BRF na Argentina só deve terminar em 2014 O vice-presidente da BRF para a América Latina, Nelson Vas Hacklauer, afirmou ontem que a empresa só deverá concluir a reestruturação de suas operações na Argentina em meados de 2014. "Precisamos gerar fluxo no curto prazo, porque nossos resultados estão ruins", disse em evento na embaixada brasileira em Buenos Aires 24/05/2013Avisite A BRF entrou na Argentina no fim de 2011, quando decidiu adquirir a Avex, processadora de aves, e a Dánica, produtora de maioneses e margarinas. A empresa buscou o mercado argentino como alternativa após o Cade obrigá-la a desinvestir no Brasil. Em maio de 2012, a companhia fez uma operação de troca de ativos com a Marfrig, assumindo a subsidiária argentina Quickfood, processadora de carne bovina. Cotada em bolsa, a Quickfood publicou há dois meses o balanço dos primeiros nove meses de gestão da BRF. O faturamento caiu do equivalente a US$ 307,9 milhões, entre julho de 2011 e março de 2012, para US$ 280,4 milhões, entre julho de 2012 e março de 2013. A nova gestão conseguiu, porém, reduzir o prejuízo líquido, de US$ 29,3 milhões para US$ 11,8 milhões, na mesma comparação. "Nossos problemas não são com a conjuntura econômica da Argentina, são as circunstâncias internas. Ainda não temos toda a sinergia que podemos ter, e temos muito o que fazer na nossa própria casa", afirmou Vas Hacklauer. De acordo com o executivo, a BRF vai unificar as oito empresas que controla na Argentina (a Quickfood é a única que divulga resultado) em uma única pessoa jurídica. "Temos oito estruturas de custos diferentes, oito equipes de distribuição, oito sistemas de informática e tudo isso gera um custo administrativo alto", afirmou ele. O processo de fusão, entretanto, deve demorar pelo menos dois anos, de acordo com o executivo. "Legalmente temos créditos tributários que só poderão ser resgatados mais adiante, e antecipar a fusão iria nos levar a abrir mão dessa receita", disse. Conforme Vas Hacklauer, no longo prazo a BRF pretende transformar a operação da Argentina em uma "plataforma comum com o Brasil para exportações", direcionadas ao mercado asiático. "O custo operacional na Argentina atualmente não é maior que o brasileiro e uma maior desvalorização cambial no futuro poderia nos dar até 10% de redução em relação ao que conseguimos na matriz". Hoje, a BRF exporta pouco a partir da Argentina. As vendas estão concentradas no negócio de aves, em que cerca de 20% da produção é exportada para Chile e Venezuela. "Mas o mercado chileno é pequeno e competitivo, e o da Venezuela enfrenta problema para a liquidação das operações", disse o executivo. Notícias de Setor Agroindustrial

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