terça-feira, 7 de maio de 2013

Representantes do setor supermercadista e especialistas discutem a confiança do brasileiro no varejo

Representantes do setor supermercadista e especialistas discutem a confiança do brasileiro no varejo Home / Notícias Representantes do setor suA Associação Paulista de Supermercados (APAS) apresentou, durante a 29ª edição da maior feira mundial do setor supermercadista, o painel confiança, no qual foi divulgada e analisada A pesquisa da Nielsen sobre a confiança do consumidor brasileiro. Os dados mostram que a confiança do consumidor está diretamente relacionada com o que é conhecido, com o que é respeitado e com o que transmite segurança. Participaram do painel o presidente da APAS João Galassi; o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) Fernando Yamada; o presidente do jornal Valor Econômico Alexandre Caldini Neto e o presidente da Nielsen Eduardo Ragasol. A palestra foi mediada pelo professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) Nelson Barrizzelli. A pesquisa mapeou os atributos que possuem relação direta com a confiança. Entre os mais importantes estão a indicação, a experimentação, a informação disponível e o relacionamento. Foram ouvidos homens e mulheres responsáveis pela compra do domicílio, com predominância de pessoas casadas, com mais de um filho, das classes média e alta e nas faixas etárias de 25 a 39 anos e 40 a 55 anos. Para o presidente da APAS João Galassi, nem todos têm a mesma percepção de confiança. Mesmo assim, na pesquisa, as palavras mais citadas são família e amigos, ou seja, aqueles mais próximos. “Nós, do setor varejista, entendemos que por isso temos que estar próximos para ganhar a confiança do consumidor”, destacou Galassi. O presidente do jornal Valor Econômico Alexandre Caldini Neto acrescentou que a quebra de confiança tem um custo social e emocional muito grave e interfere em todo o país. “Os juros, por exemplo, são reflexo da desconfiança na inadimplência”, disse Caldini. Atitudes que geram confiança Para o presidente da Abras Fernando Yamada, uma das grandes conquistas do setor, no sentido de adquirir confiança do consumidor, foi abrir aos domingos e feriados. “Além disso, estamos atendendo os anseios dos nossos clientes, investindo em tecnologia de saudabilidade, aquilo que faz bem à saúde. Somos o setor que mais investe no que o consumidor quer”, destacou o executivo. De acordo com a pesquisa, os consumidores confiam mais em produtos que podem experimentar, naqueles que possuem histórico de confiança, nos que têm imagem positiva e nos que, por necessidade, é preciso confiar. Na avaliação do presidente da Nielsen Eduardo Ragasol, esses itens emergem da proximidade que se tem com o consumidor. Contudo, “um dado importante que a pesquisa mostrou é que a loja precisa estar limpa e organizada. Isso atua diretamente na confiança e na percepção do consumidor sobre a organização do estabelecimento”. De acordo com Ragasol, o estudo apontou que a imagem das marcas é um importante gerador de confiança no varejo. “A renda mensal da família típica é de R$ 2.700 e ela não pode colocar em risco essa renda. Por isso, consomem as marcas em que confiam”. Fator de escolha do canal Entre os estabelecimentos que se apresentam como mais confiáveis pelo consumidor estão os mercados de bairro, preferidos por 51% dos consumidores. Eles acreditam que nesses locais encontrarão bom atendimento. Além disso, nesses pequenos estabelecimentos os clientes buscam preços baixos, conveniência e programa de fidelidade/caderneta. Para o presidente da APAS “o consumidor brasileiro ainda não tem plena confiança em comprar pela internet”. Consumidores continuam otimistas A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do estado de São Paulo apontou, ainda, que no atual contexto, o Brasil continua com o mais alto índice de confiança do consumidor entre os países da América Latina, à frente, inclusive, de países como Chile e México. Essa relação de confiança atrelada à economia do país reflete o consumo das famílias em bens duráveis e, em menor medida, de bens não duráveis. Fatores externos inevitavelmente interferem no índice de confiança do consumidor. “A desoneração da cesta básica foi uma das melhores coisas que aconteceram”, avalia Yamada.

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