terça-feira, 14 de maio de 2013

Seca faz produtor rever crescimento da safra

14/05/13 - Ainda no início, a safra da cana-de-açúcar 2013/2014 já faz os produtores da região de Piracicaba reverem a perspectiva de crescimento. A falta de chuva é o principal motivo apontado pelo presidente da Afocapi (Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba), José Coral. Apesar do pessimismo, o período começa a refletir no preço do etanol para o consumidor. Iniciada por volta do dia 20 de abril, a expectativa era de uma safra 8% maior se comparada à anterior, quando 38 milhões de toneladas de cana-de-açúcar foram colhidas nos 75 municípios da macrorregião. "Mas tudo indica que ficaremos abaixo das 41 milhões de toneladas previstas inicialmente. Até o momento, apenas os grandes produtores e as usinas deram início à safra. Eles conseguem utilizar produtos para que a cana cresça de forma mais rápida. Mas, para os pequenos e médios, o desenvolvimento da matéria-prima não tem sido satisfatório", explica Coral. Ainda segundo o presidente da Associação, esta outra parcela deve dar início à safra 2013/2014, entre julho e setembro. O período se estende até novembro. A macrorregião de Piracicaba é composta por quase cinco mil produtores %4 entre pequenos, médios e grandes %4 e 22 usinas. "Certamente o clima será o principal problema nesta safra. A questão dos maquinários foi amenizada, com os financiamentos focados no segmento. A falta de chuva é que deve trazer dor de cabeça", revela. Unica De acordo com a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a região Centro-Sul, que inclui todo o Estado de São Paulo, a atual safra deve alcançar 80 toneladas por hectare. A projeção indica moagem de 589,6 milhões de toneladas, crescimento de 10,6% em relação aos 532,7 milhões de toneladas processadas na safra anterior. Dados da União, mapeados com imagens do Canasat %4 INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), indicam expansão de 6,5% na área de cana-de-açúcar disponível para a colheita. Além da maior área, diferente da Associação, a entidade aposta em um aumento significativo da produtividade agrícola. Aumento decorre, principalmente, da redução da idade da lavoura e da melhor condição climática observada nos últimos meses, que favoreceu o crescimento da planta. Contudo, acredita-se que não será possível processar todo esse montante de matéria-prima até o final de primeira quinzena de dezembro de 2013. Segundo o diretor técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues, o início desta safra foi muito chuvoso, comprometendo seriamente a moagem estimada para o final de março e para a primeira quinzena de abril. "Dificilmente conseguiremos compensar essa perda ao longo da safra e, portanto, assumimos que o valor histórico de 1,5% de cana bisada poderá atingir 3,5% em 2013/2014, ou seja, 3,5% da matéria-prima disponível deverá ser processada apenas no começo da safra 2014/2015", concluiu. 13/05/13 Juliana Franco Fonte: Portal IG

Nenhum comentário:

Postar um comentário