sexta-feira, 14 de junho de 2013

14/06/2013

14/06/2013 19:30 Helicoverpa come plástico e pesquisador amplia alerta a produtores Apontada na Bahia como suposto bioterrorismo, onde já causou mais de R$ 1 bilhão em prejuízos a lavouras de soja e algodão, a lagarta Helicoverpa Ermigera vem tirando o sono de produtores rurais de Mato Grosso devido o alto grau de destruição Plantão News Em pesquisas realizadas pelo laboratório da Cooaleste (Cooperativa Agrícola dos Produtores Rurais da Região Sul de Mato Grosso), de Primavera do Leste, descobriu-se que a praga é capaz até mesmo de comer plástico. A experiência preocupou a equipe do engenheiro Márcio Henkes Caldeira, gerente de pesquisas da cooperativa. Ele alerta aos produtores e defende formas de manejo para tentar conter a lagarta, uma vez que não há um defensivo específico e o uso de Benzoato de Emamectina está proibido pela Justiça Federal. Responsável até agora por prejuízos da ordem de 15% de lavouras de São Paulo, a praga chega a Mato Grosso e já é o quarto Estado a sofrer com os ataques, segundo Márcio Caldeira. Para ele a Helicoverpa Ermigera pode estar sendo disseminada através das rodovias do Estado, com colheitadeiras que transitam de um Estado para outro. Na região de Primavera do Leste a lagarta vem sendo encontrada nas plantações de milho, milheto, algodão, soja, girassol e sorgo. “Não detectamos a presença na mamona”, ressalta Márcio que defende o manejo aos cerca de 200 participantes do Dia de Campo da Segunda Safra, realizado pela Cooaleste no último dia 6. A descoberta do poder de destruição da Helicoverpa ocorreu quando pesquisadores guardaram uma lagarta em um copo de plástico no laboratório da cooperativa. No dia seguinte a mesma havia desaparecido, deixando um buraco no copo. Márcio Caldeira solicitou então uma avaliação mais criteriosa e sucessivamente constatou-se que as lagartas comiam os copos. Ele salienta que o fato da Helicoperva atacar a maçã dos pés de algodão, por serem mais rígidas, já preocupava os produtores e agora com a constatação de comer o plástico dos copos acende uma questão de alerta, uma vez que ela transita com facilidade do algodão para a soja e outras plantações com proteínas Bt. Há relatos de ataques, além de culturas agrícolas, também em tomate, pimentão, café e citros – conforme a Embrapa. Defendendo o manejo em sistemas agrícolas, buscando limitadores de expansão da praga, durante o Dia de Campo, Márcio apontou para uma área de plantio de algodão em pesquisa que recebeu 17 aplicações de inseticidas. “O custo é elevado, os riscos de controle são maiores e o que defendemos é o manejo e investigação permanente para detectar a presença da lagarta” – adverte, lembrando que a presença da praga se deu em função do sucessivo plantio de milho, soja e algodão – naturais hospedeiros. Os pesquisadores avaliam o plantio de mamona como forma de interromper o ciclo, pelo fato de que a lagarta não ataca a planta. “A agressividade da lagarta é muito alta e podemos considerar que, o que o cancro foi no passado, a Helicoverpa pode ser o maior inimigo do produtor dos tempos modernos”, diz Márcio, que prevê prejuízos para a próxima safra em Mato Grosso. “O produtor tem que estar atento e participar dos fóruns de discussão para buscar alternativas de solução do problema”. O Dia de Campo da Segunda Safra promovido pela Cooaleste contou com a presença de aproximadamente 200 participantes das cidades de Alto Garças, Água Boa, Campo Verde, Paranatinga, Santo Antônio do Leste, Novo São Joaquim e Primavera do Leste. Participaram Du Pont, Pionner, Axor Sementes, Cheminova, Fundação TMG, Estrela da Manhã, Itaforte, Wiser, Balanças Cuiabá, Heliago/Semeati, Fmc, TecControl, Nidera Sementes, Calcário Imperio, Mitsubishi, Paetto, Singenta, Rodobens, New Holland e Michelin. “Estamos nos preparando para que o próximo Dia de Campo da Cooaleste tenhamos um leque de expositores com demonstrações de equipamentos e máquinas a altura do mercado produtor de Primavera do Leste”, anunciou Antonio César Caminhas, gerente comercial da cooperativa. Mercado Participando do evento a Riber KWS anunciava para os visitantes do seu estande mudanças em sua atuação para a região de Primavera do Leste, onde passa a contar com uma equipe regionalizada. Para o agrônomo Maick Júnior a estratégia é importante e demonstra a contrapartida da empresa no atendimento aos produtores da Grande Primavera do Leste, sob gerência de Cristiano Colpani. Com sede em Sinop, a empresa Estrela da Manhã amplia investimentos e abre sua filial em Primavera do Leste. No estande, mostrava aos visitantes o uso de Trichodermil, com resultados para estimular a germinação e aumentar o vigor das sementes. A empresa representa as marcas Itaforte, Nutriceler, Wiser e Technes. O engenheiro Luiz Paulo Bernardes, apresentava o hibrido de milheto de baixo porte desenvolvido pelas Sementes Adriana, que deve estar disponível na próxima safra em março de 2014. Ele destaca que a novidade tem o mesmo benefício do milheto, com altíssimo potencial produtivo. Notícias de Pragas e doenças

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