quarta-feira, 19 de junho de 2013

19/06/2013

19/06/2013 18:20 Indústria deve investir 25 mi de euros para elevar consumo O projeto está sendo organizado pela Associação Nacional de Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) e deve ser iniciado no segundo semestre deste ano, afirmou o diretor executivo da entidade, Ibiapaba Neto, em conversa com o DCI DCI - Diário do Comércio & Indústria O setor de processamento de suco de laranja do País planeja investir aproximadamente 25 milhões de euros (R$ 71,8 milhões) em um plano piloto para promover o consumo de suco de laranja nos dez maiores consumidores mundiais, a começar pela Alemanha, onde a demanda caiu 22,8% entre os anos de 2003 e 2010, passando de 256 mil toneladas para 198 mil toneladas. O projeto está sendo organizado pela Associação Nacional de Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) e deve ser iniciado no segundo semestre deste ano, afirmou o diretor executivo da entidade, Ibiapaba Neto, em conversa com o DCI. O projeto na Alemanha consiste em uma das frentes de uma ação de marketing que o setor pretende promover entre os dez maiores mercados consumidores de suco de laranja do mundo, que incluem também Japão, Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, Polônia, China, Noruega e Canadá. O mercado alemão deve ser o primeiro alvo da campanha por ser o segundo maior consumidor mundial de suco de laranja. Inicialmente, o plano era direcionar a primeira ação de marketing para o Reino Unido, mas a associação calculou que o retorno do investimento não seria suficiente. Porém, a ideia é espalhar para todos os dez mercados do produto, de acordo com a cultura de consumo de cada um. "Os alemães, por exemplo, têm uma tradição de economia muito grande. O francês gosta de qualidade e paga por um suco premium. Na Noruega, [o consumidor] quer o premium do premium", exemplifica o diretor executivo da CitrusBR. A verba de 25 milhões deverá sair das associadas à CitrusBR - Cutrale, Dreyfus e Citrosuco -, mas Netto defende também a participação de produtores no investimento. As ações de marketing do suco de laranja brasileiro foram fruto de um investimento de ao menos US$ 1 milhão em um estudo com a TetraPak, que realizou "um diagnóstico do que aconteceu com o consumo [de sucos cítricos] nestes países". Entre 2003 e 2010, o consumo dos dez maiores mercados consumidores passou de 1,94 milhão de toneladas para 1,78 milhão de toneladas, uma queda de 8,24%. Os maiores recuos ocorreram nos mercados alemão, norte-americano e japonês. Na contramão, o mercado chinês praticamente dobrou o consumo nesse período, tendo passado de 44 mil toneladas ao ano para 88 mil toneladas ao ano. Mesmo em apenas entre 2009 e 2010, o consumo cresceu 18,9%. Porém, em números absolutos, ainda há pouco para se comemorar. Em 2010, o volume de suco de laranja ingerido pelos chineses foi somente 10,8% do volume consumido pelos norte-americanos e 44% da demanda alemã, mercados que estão em trajetória de queda. "O suco de laranja é uma commodity cara. O chinês ainda não tem renda para tomar suco de laranja no mesmo ritmo que um europeu em crise", explica o diretor executivo da CitrusBR. A redução da demanda do mercado europeu e norte-americano tem ocorrido pela substituição do consumo por outras bebidas. Para reverter essa tendência, a indústria brasileira acredita que é possível "fazê-los tomarem o mesmo suco que eles tomavam antes", diz Netto, mesmo em meio à dificuldade principalmente dos países europeus em sair da crise econômica. Perspectiva A última estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de queda de 3% na safra de laranja na Flórida, que deve ser nesta safra de 134 milhões de caixas de 40,8 kg, abriu a perspectiva de crescimento para o mercado brasileiro. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as exportações de suco concentrado já estão 35% maiores em volume na primeira parcial desta safra, na comparação com o ano passado. Porém, a indústria não vê com bons olhos a redução dos parques citrícolas dos Estados Unidos e do Brasil, já que o preço da laranja pode pressionar os custos do setor. A perspectiva do setor, portanto, não é adequar a oferta à queda do consumo. "Não queremos adequar a oferta de fruta à demanda, queremos que a demanda volte a crescer", diz Netto. Notícias de Processamento

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