quinta-feira, 20 de junho de 2013

2012/13: BB faz safra histórica em MT

2012/13: BB faz safra histórica em MT 2012/13: BB faz safra histórica em MT 20/06/13 - 00:00 Maior produção já vista no Estado demandou máxima injeção de recursos e Banco vai colhendo recordes Na semana que vem, o Banco do Brasil finaliza a temporada de financiamentos do ciclo 2012/13 da produção agropecuária nacional. No Estado, a Superintendência de Negócios, Varejo e Governo já contabiliza, com números até o dia 31 maio, uma adição de recursos que supera em 10% as aplicações na safra anterior. E até o próximo dia 28 a expectativa é de que o volume de crédito rural atinja crescimento anual de 22%. Mesmo que o percentual não se confirme, a instituição já tem conquistado o recorde na liberação de recursos para aplicações no campo e no pasto, em Mato Grosso. Até o mês passado, os investimentos realizados pelo Banco, conforme levantamento parcial da Gerência de Agronegócios da Superintendência Estadual, correspondem a R$ 3,22 bilhões em aplicações na atual safra, cuja vigência se encerra neste mês. Com a projeção de fechar o ciclo 2012/13 com expansão de 22% sobre o crédito concedido no ano passado, o Banco consolidaria um total de investimentos R$ 3,59 bilhões, o que na prática revela uma injeção de cerca de meio bilhão em recursos controlados de uma safra para outra. As cifras movimentadas até o final de maio representam 21.700 contratos liberados sendo que o segmento agrícola responde por 65% do total investido (R$ 2,09 bilhões) e os outros 35%, R$ 1,12 bilhão, destinados a investimentos em pecuária. Comparando-se com a safra 2011/12, esses números indicam aumento de 9,61% nos investimentos realizados pelo BB em operações rurais, quando foram aplicados R$ 2,94 bilhões, num total de 21.411 contratos. ANÁLISE – O incremento de recursos foi em parte concretizado pela própria necessidade do Estado - já que por mais um ano seguido Mato Grosso segue como o maior produtor do país, deve colher mais de 40 milhões de toneladas de grãos e fibras e parte pela agilização – como também pela performance do BB, como explica o superintendente estadual, Luis Carlos Moscardi. Desde o ano passado, o BB passou a operar um sistema automatizado que renova os limites de crédito do tomador, um processo que até então, levada pelo menos 30 dias entre análises de um setor e outro. “A automatização será muito mais percebida e sentida na ponta nesta safra, pois assim que o produtor/pecuarista atualizar seus dados no Banco, a renovação acontece e os limites estão disponíveis e essa atualização, para, por exemplo, ampliar tetos, pode ser feita a qualquer momento”, completa. Ainda dentro desta nova operacionalização, o BB conseguiu adequar os limites à real necessidade do tomador, redistribuindo os tetos para o mesmo produtor. “O que vínhamos operando eram regras que engessavam a utilização dos recursos, visto que havia limites para armazenagem, comercialização, mas a necessidade do produtor era realizar o custeio e mesmo não precisando dos outros tetos, ele não podia utilizar tudo para um único fim. Hoje, o sistema permite pulverizar o limite e se a demanda é maior por um tipo de financiamento, ele consegue ser atendido em grande parte da necessidade”. Moscardi diz que o BB sempre ouviu reclamações sobre a morosidade das liberações – “que estão atreladas às regras que cabem apenas ao Banco cumprir e exigir, como por exemplo, as exigências ambientais” – e o engessamento na utilização dos limites. “Essa automatização mostra que o BB tem evoluído para prestar o melhor atendimento possível e revela que conhecemos muito bem a necessidade da produção de Mato Grosso e de seus atores”. Atualmente, 70% das concessões de crédito rural no Estado são feitas pelo BB. “Aliamos evolução à nossa capilaridade e expertise no agronegócio”. DÓLAR – Para o superintendente do BB a recente disparada do dólar, cuja trajetória ascendente teve início no mês passado, acende uma luz amarela à agricultura, segmento bastante sensível à moeda norte-americana. Ele não acredita que a alta vá arrefecer a busca por crédito na safra 2013/14, mas não descarta um efeito psicológico sobre o risco iminente de se comprar insumos com a moeda valorizada e não recuperar isso ao vender a produção. “Até o momento o que mais preocupa é a volatilidade do dólar e não a cotação em si que torna o ambiente instável. É mais fácil prever o tempo do que o dólar”. OTIMISMO – Moscardi está no Estado há cerca de 10 meses e vai operacionalizar o seu primeiro Plano Agrícola e Pecuário (PAP) em Mato Grosso. O paranaense de 51 anos que já conheceu todos os “brasis”, do Amazonas, Ceará a Minas, São Paulo e Espírito Santo, chega deslumbrado com a pujança - que conhecia na teoria - de Mato Grosso. Para o novo ciclo, que deve estar com as operações abertas a partir de 1º de julho, Moscardi está otimista e crê em um avanço sem precedentes para o agronegócio mato-grossense e para o Banco. “Com linha específica para armazenagem, vamos dar um salto sobre o maior gargalo local, a infraestrutura. Se com todas as dificuldades Mato Grosso é um dos maiores produtores de commodities do mundo, imagina o pode acontecer daqui para frente”. Diário de Cuiabá Autor: Marianna Peres

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