sexta-feira, 21 de junho de 2013

21/06/2013 09:10

21/06/2013 09:10 Nordeste é a região que mais emite documentos para trabalhadoras rurais O Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) atinge a marca de um milhão de mulheres documentadas em toda a zona rural brasileira MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário Região com maior participação no programa, o Nordeste emitiu ao longo dos nove anos do PNDTR quase um milhão de documentos e realizou mais de dois mil mutirões. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Região Nordeste concentra quase metade da população rural do País e é onde mais se emite documento pelo programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Apenas este ano já foram atendidos 166 municípios da região e mais de 81.534 mil documentos foram gerados em 194 mutirões. Conforme a coordenadora do programa, Isolda Dantas, o número reflete o grau de desigualdade regional construído ao longo dos 500 anos de Brasil. “Essa realidade está sendo alterada nos últimos dez anos e o programa de documentação é parte dessa alteração. Como durante muito tempo o Nordeste ficou esquecido no processo de políticas públicas, as pessoas estão mais excluídas do alcance das ações dos estados. Por isso, a região, especialmente os estados do Semiárido, que mais emitem documentos, isso significa que existem mais pessoas indocumentadas lá”, explica. Uma entre essas mulheres com documentos, Ana Paula Conceição do Carmo, 32 anos, mora na zona rural do município de Cachoeira (BA). Ela vive há oito anos na Comunidade Quilombola de Santiago do Iguape e conta que muita coisa melhorou depois que tirou sua identidade e a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) no mutirão realizado em maio deste ano. “Muita coisa melhorou, não só para mim, como para muitas pessoas que nunca tinham tirado documento e estavam precisando”, diz. Acesso Segundo Ana Paula, o que a impedia de tirar a identidade era a dificuldade de acesso e falta de recursos financeiros. “A gente que mora na zona rural tinha que ir para Feira de Santana ou Salvador e gastar com transporte para tirar documento. Agora não precisamos mais”, comemora. Agricultora familiar, Ana Paula conta que, com a identidade vai poder dar entrada no seguro desemprego e com a DAP, acessar o Pronaf e o Minha Casa, Minha Vida. “A gente planta mandioca, milho, feijão, banana. Agora vou poder acessar as políticas para melhorar minha plantação”, enfatiza. Mãe de dois filhos, um menino de cinco e uma menina de 12, ela lembra que só pode tirar o CPF da filha, mas que a próxima vez que tiver mutirão por perto vai leva-la para tirar identidade. “É bom que com o CPF em mãos a gente já coloca o número na identidade”, completa. Notícias de Governo

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