quinta-feira, 13 de junho de 2013

Agricultor pode ter propriedade interditada caso não cumpra vazio

Agricultor pode ter propriedade interditada caso não cumpra vazio Agricultor pode ter propriedade interditada caso não cumpra vazio 13/06/13 - 09:16 Governo usa de interdição e denúncia ao MP para manter vazio sanitário O vazio sanitário da soja será adotado em Mato Grosso entre os dias 15 de junho e 15 de setembro. Durante este período fica proibida a presença de plantas vivas do grão em lavouras, carreadores, às margens de ferrovias e estradas municipais, estaduais ou federais. O desafio maior é combater o principal problema enfrentado pelos órgãos responsáveis: a incidência da planta viva na beira de rodovias, que surge quando sementes da oleaginosa caem durante o transporte. No que diz respeito ao que pode ser feito, o produtor que desobedecer a determinação do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) neste período poderá sofrer a interdição da propriedade, ser denunciado junto ao Ministério Público por disseminação de doenças e pragas e pagar multas pesadas, que variam de acordo com a área atingida. As multas partem de 30 Unidades Padrão Fiscal (UPF) fixas, mais duas UPF’s por hectare existente de planta viva. “O Governo do Estado determinou o valor da UPF em pouco mais de R$ 75,00, valor 25% inferior ao da UPF cheia, que é de R$ 100,00”, informa o coordenador da Defesa Sanitária Vegetal de MT, Ronaldo Medeiros. Aos produtores, fica imputado o papel de cumprir as normas na sua propriedade, além de atuar como fiscalizadores, que devem denunciar a prática irregular em propriedades vizinhas. O produtor que se sentir prejudicado pelo descaso de vizinhos poderá fazer denúncia as autoridades competentes. “O vazio sanitário objetiva retardar ao máximo o aparecimento do fungo causador da ferrugem asiática, doença que ataca a cultura e causa sérios prejuízos econômicos aos produtores”, explica Medeiros. O coordenador esclarece que o fungo não sobrevive sem o hospedeiro. “O produtor é o maior beneficiado com o vazio sanitário, ele deve ser o primeiro a respeita-lo, conforme recomenda a pesquisa agronômica”. Medeiros finaliza elucidando que na safra normal de soja acontecerá o retardamento do aparecimento da doença, resultando em uma menor quantidade de aplicação de produtos químicos para o controle e, consequentemente, um menor custo de produção, respeitando-se o meio ambiente. AgroOlhar Autor: Rodrigo Maciel Meloni

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