quarta-feira, 12 de junho de 2013

Agricultores argentinos interromperão comércio em protesto contra governo

Agricultores argentinos interromperão comércio em protesto contra governo Visitas: 62 12/06/13 - 00:00 BUENOS AIRES - As principais associações rurais da Argentina anunciaram nesta terça-feira que vão interromper por cinco dias o comércio de grãos e carnes em protesto contra a regulamentação do mercado feita pelo governo, que o setor vem enfrentando há anos. A interrupção da comercialização de grãos e carnes, a partir do próximo sábado, não deve afetar os embarques do país, uma vez que as empresas exportadoras têm em sua maioria estoques para processar e exportar. "O próximo passo (depois das reuniões que foram realizadas) é não comercializar (produtos agropecuários não perecíveis) da meia-noite de sábado (15) às 24h da quarta-feira (19)", disse Rubén Ferrero, presidente das Confederações Rurais Argentinas (CRA), uma das principais entidades agrícolas do país. As disputas entre as entidades rurais e a presidente Cristina Kirchner vêm desde 2008, um ano após a presidente assumir o cargo, sucedendo seu marido, Nestor Kirchner, quando os agricultores realizaram uma série de protestos que atingiu a economia e ameaçou o governo. A principal queixa dos agricultores atualmente é contra a regulamentação do governo sobre os mercados e os impostos de exportação. Com o argumento de garantir o abastecimento interno de trigo, milho e carne a preços baixos, as autoridades restringiram as exportações destes produtos e aplicaram impostos para as vendas externas. A soja, principal cultura do país, paga um imposto de 35 por cento sobre a exportação, o mais alto de todos os grãos, mas as vendas externas da commodity não sofrem restrições, já que o consumo interno é escasso. "É preciso diminuir as retenções (impostos sobre as exportações) até sua total eliminação... e eliminar os ROE (permissões do governo para exportação de trigo e milho)", disse Ferrero. A Argentina é o maior exportador de óleo e farelo de soja e o terceiro em milho. (Reportagem de Nicolas Misculin, Guido Nejamkis e Maximilian Heath) Reuters

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