domingo, 9 de junho de 2013

Agricultores de SP reclamam do preço recebido pela caixa da laranja

Agricultores de SP reclamam do preço recebido pela caixa da laranja 09/06/2013 Caixa da laranja está sendo negociada por R$ 6. De acordo com os produtores, esse Os agricultores estão pessimistas com a venda da laranja precoce produzida em propriedades de São Paulo. A previsão é colher 268 milhões de caixas, quantidade muito menor em relação ao ano passado. Mesmo com essa redução de oferta, não há reação dos preços da fruta no mercado. Este ano, o agricultor Lindolfo Rodrigues, que produz de laranja há mais de 30 anos, irá deixar os frutos no pé, sem colher. “A gente deixa no pé e perde porque com esse preço não compensa vender”, justifica. A caixa da laranja está sendo negociada a R$ 6. Mas, de acordo com os produtores, esse valor teria de ser de no mínimo R$ 11. “No ano passado, o citricultor da Florida recebeu US$ 14 por caixa e esse ano está recebendo na faixa de US$ 13 por caixa. E são frutas que vão para o mesmo mercado. Estão disputando o mesmo mercado que o Brasil”, diz Flávio Viegas – presidente da Associtrus. Apenas as variedades precoces começam a ser colhidas no começo de junho. Nesta safra, as frutas estão saindo dos pomares mais lentamente. Poucos produtores têm conseguido negociar bem com as indústrias. Por enquanto, na região só é possível ver caminhão descarregando no pátio de uma indústria em Itajobi. A empresa, considerada de pequeno porte, tem capacidade para processar 70 mil caixas de laranja por dia. “Nós acreditamos que sejamos a única indústria que está recebendo a fruta do pequeno produtor”, diz o assessor da empresa Fábio Ribeiro. O agricultor Roberto Salva, que já entregou cinco mil caixas nessas primeiras semanas, diz que as tentativas de negociação com as grandes empresas não estão boas. “As negociações são as piores possíveis. Nós produtores nunca passamos maus tempos como estamos passando em toda a história da citricultura. Se fossemos depender das grandes indústrias para negociar esse ano, como não foi também no ano passado, nós estaríamos perdidos”. “O cenário para esse ano ainda é bastante difícil porque você tem três pilares importantes, que formam esse setor. O primeiro é o da oferta de fruta, que para sorte dos produtores esse ano é bem menor, com uma quebra de 30% em relação ao ano anterior. Mas você ainda tem estoques muito acumulados. Em 31 de dezembro, tinha 1,134 milhão de toneladas, que é bastante suco. É quase o equivalente a um ano de consumo. Então, nesse ponto, as indústrias não têm uma procura tão efetiva pela matéria prima. E o mais importante é a demanda. Quem manda nesse setor é o cliente. E você tem diminuição de consumo tanto na Europa quanto nos Estados Unidos”, diz Ibiapaba Netto, diretor-executivo da Citrus BR. Na safra passada, 30 milhões de caixas de laranja deixaram de ser colhidas em São Paulo por causa do preço baixo. tópicos: Itajobi DO GLOBO RURAL

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