quarta-feira, 12 de junho de 2013

CNA destaca crescimento da produtividade mas alerta para custos da mão-de-obra

CNA destaca crescimento da produtividade mas alerta para custos da mão-de-obra 12/06/2013 09:52 A inovação tecnológica e a modernidade do agronegócio brasileiro permitiram um crescimento recente de 4% na produtividade do setor, ao contrário da indústria que apresenta desempenho negativo, embora o setor agropecuário enfrente as mesmas dificuldades de logística, com estradas e ferrovias ineficientes. Foi o que afirmou a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), durante debate sobre as perspectivas da economia brasileira, ontem, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE). Mesmo manifestando seu entusiasmo com o desempenho do agronegócio no país, a presidente da CNA advertiu a respeito do crescimento da inflação nos itens que compõem a formação de mão-de-obra em culturas como a cana-de-açúcar, cacau, leite e café. “Tais culturas, de uso intensivo de mão-de-obra, enfrentam custos de produção elevados se comparados com as lavouras mecanizadas, como é o caso da soja”, lembrou. O convidado da CAE para discutir as perspectivas da economia brasileira no decorrer dos próximos 10 anos foi o economista Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e vice-presidente do Itaú Unibanco. Na opinião do especialista, o cenário previsto para o crescimento do País no decorrer dos próximos anos é de “mediocridade porque os números sobre o desempenho da produtividade estão frágeis, impedindo um desempenho anual do Produto Interno Bruto (PIB) que garanta índices superiores a 4% anuais”. Sobre o fraco desempenho da indústria brasileira, a senadora Kátia Abreu lembrou que este parece ser um fenômeno mundial e não apenas uma questão interna. Ela citou como exemplo a fabricação de conhecidos aparelhos eletrônicos de alta tecnologia que possuem apenas 33 dólares de itens manufaturados em sua composição. Afinal, perguntou ela, esses equipamentos podem ser chamados de produtos industriais? Os chineses, lembrou, estão muitos satisfeitos com “os oito dólares que recebem pela montagem de cada unidade”. Para a senadora, aquele sonho brasileiro de 40 ou 45 anos atrás, de ter uma indústria genuinamente nacional, “aparentemente não cabe mais no mundo globalizado de hoje”. Naquele tempo “importávamos produtos alimentícios, a preços elevados, e muitos acreditavam que a indústria era mesmo o motor do desenvolvimento”, destacou. Com a globalização, explicou, “precisamos inverter e alterar conceitos tradicionais do processo econômico”. Para a senadora, é preciso se preocupar com as partes desses produtos, fabricados em diferentes lugares do mundo, e “saber qual será a parcela do nosso país nesse processo”. Fonte: So Notícias/Agronotícias com assessoria

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