quarta-feira, 19 de junho de 2013

Desmate em Mato Grosso cresce 82% em um ano, aponta Imazon

Desmate em Mato Grosso cresce 82% em um ano, aponta Imazon 19/06/2013 08:22 O desmatamento cresceu 82% no estado de Mato Grosso, no período de agosto de 2012 a maio de 2013, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A área desmatada subiu de 292 para 532 quilômetros quadrados. Em maio deste ano, o estado desmatou aproximadamente 51 quilômetros quadrados, representando 61% da área desmatada na Amazônia Legal, que chegou a 84 quilômetros. Os dados são do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) divulgados nesta semana pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Com oito dos dez maiores municípios desmatadores do país, Mato Grosso também lidera o ranking dos que mais destruíram a Amazônia. Estão no rol: Nova Maringá (400 km a médio-norte de Cuiabá), Marcelândia (710 km ao norte de Cuiabá), Porto dos Gaúchos (663 km a médio-norte de Cuiabá), Juína (735 km a noroeste de Cuiabá), Santa Rita do Trivelato (445 km ao norte de Cuiabá), Rondolândia (1.600 km a noroeste de Cuiabá), Nova Mutum (264 km ao norte de Cuiabá) e Apiacás (1.010 km ao norte de Cuiabá). A Amazônia Legal registrou um aumento de 89% no desmatamento acumulado entre agosto de 2012 e maio de 2013, se comparado com o mesmo período anterior, subindo de 873 quilômetros quadrados para 1.654 km². Neste período, o estado do Pará lidera com 41% do total desmatado, seguido por Mato Grosso, com 32%. De acordo com Alice Thuault, coordenadora da Iniciativa de Transparência Florestal, da ONG ambiental Instituto Centro de Vida (ICV), os dados provam que curva do desmatamento está subindo na Amazônia, ao contrário do que havia sido comemorado pelo Governo do Estado e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) há alguns meses atrás. “O desmatamento havia reduzido por um acaso e não por iniciativas ou políticas públicas do Estado. Logo, não estava consolidado e por isso voltou a subir drasticamente”, afirmou. Segundo Thualt, entre 90% e 99% do desmatamento no estado é ilegal. O vazio jurídico da questão ambiental é o fator preponderante pela subida no desmatamento. “Falta da elaboração e regulação do Programa de Regularização Ambiental (PRA), que norteiam as regras de aplicação do novo Código Florestal. Falta também a revisão do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas (PPCDQ-MT), que foi lançado em 2009 e que venceu em 2012 sem ser cumprido.” “As multas não são pagas, as autorizações não são concedidas, os incentivos positivos para a produção legal e sustentável são escassos e de difícil acesso. Acaba sendo muito mais vantajoso desmatar ilegalmente do que se manter dentro da legalidade,” conclui a coordenadora. O DIÁRIO entrou em contato com a Secretaria do Meio Ambiente de Mato Grosso, através da assessoria, porém foi informado não havia nenhum servidor capacitado para responder pelo órgão. Fonte: Diário de Cuiabá

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