sábado, 22 de junho de 2013

Dezenas de milhares marcham em Roma contra o desemprego

Dezenas de milhares marcham em Roma contra o desemprego sábado, 22 de junho de 20 Por Cristiano Corvino ROMA, 22 Jun (Reuters) - Milhares de trabalhadores e desempregados marcharam em Roma no sábado, para protestar contra o desemprego recorde e para exigir do governo de Enrico Letta, há dois meses no poder, que ofereça mais do que simples retórica inútil sobre o problema. A manifestação organizada pelas três maiores centrais sindicais do país, CGIL, CISL e UIL, foi a maior desde que a ampla coalizão de direita e esquerda assumiu o poder depois de uma eleição inconclusiva em fevereiro. O desemprego italiano chegou a 12 por cento em abril, o maior nível já registrado, e o desemprego entre as pessoas com menos de 24 anos está em 40 por cento, seu maior nível de todos os tempos. Chefes de sindicatos, falando diante de uma multidão que agitava bandeiras, estimada em mais de 100 mil pessoas pelos organizadores, criticaram Letta pelo que eles chamaram de uma falta de ação em relação a um problema urgente. "Não podemos aceitar essas constantes promessas que não se transformam em decisões que dão uma oportunidade de uma mudança de direção," disse Susanna Camusso, líder da CGIL, o maior sindicato do país. Luigi Angeletti, líder da UIL, disse que o país não pode se dar ao luxo de uma abordagem fragmentada da política adotada até agora, especialmente quando a coalizão governante é tão frágil. "Em um país onde a principal preocupação é a aposta em quanto tempo o governo vai durar, a mensagem é de que não há mais tempo para promessas e declarações", disse ele na Praça San Giovanni, local tradicional de protestos da esquerda. O gabinete de Letta deve anunciar um pacote destinado a combater o desemprego dos jovens na próxima semana, mas Angeletti disse que as medidas que estão sendo discutidas, como incentivos fiscais para empresas que contratem jovens, eram "inúteis".

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