quinta-feira, 6 de junho de 2013

Empresa Cimpor aposta na América Latina e África nos próximos 10 anos

Empresa Cimpor aposta na América Latina e África nos próximos 10 anos06 de Junho de 2013 | Por Lusa O presidente executivo da Cimpor, Ricardo Lima, disse hoje que a aposta da empresa na próxima década incide na América Latina e em África, onde quer estar presente em p A concentração é essencial, temos de ser grandes nos países onde estamos, e a aposta da empresa é muito clara: América Latina e África, pelo menos nos próximos dez anos", disse o gestor em declarações aos jornalistas, à margem da iniciativa que decorre hoje em Lisboa, e que junta 14 parceiros internacionais da Cimpor com cerca de 300 fornecedores portugueses à procura de internacionalizar os seus negócios. Questionado sobre as críticas que frequentemente surgem depois da mudança, em julho do ano passado, do controlo da empresa para mãos brasileiras, Ricardo Lima admitiu que "as críticas eram naturais", mas sublinhou que a Cimpor é agora "uma empresa de tradição portuguesa com capital brasileiro", e rejeitou que a iniciativa de hoje fosse uma resposta a essas críticas, segundo as quais a cimenteira não aposta suficientemente em Portugal. "Esta iniciativa já estava a ser preparada quando assumimos o controlo da empresa, em julho do ano passado, e continuámo-la porque queremos impulsionar as exportações [de Portugal] e a descoberta de novos negócios", disse o responsável, no discurso que marcou o encerramento da parte institucional da iniciativa conjunta da Cimpor e da AICEP 'Crescer Juntos - Universo Fornecedores Cimpor'. Na intervenção, o gestor congratulou-se com os resultados da operação em Portugal, lembrando que em agosto a previsão de exportação de cimento para o total do ano já tinha sido ultrapassada, exemplificando que a produção da fábrica de Alhandra abastece boa parte da quota de mercado da empresa no Paraguai (31%), para além de 70 ou 80 mil toneladas para o norte do Brasil. Questionado sobre o clima económico em Portugal e a influência na definição da estratégia da cimenteira, Ricardo Lima considerou que a exportação é o caminho natural para as empresas nacionais: "Portugal tem muito potencial, e as empresas portuguesas têm de se voltar para o mercado internacional, até porque a vocação natural de Portugal e das suas empresas é exportar". Por outro lado, considerou que Portugal tem também uma vantagem competitiva em termos da sua capacidade instalada, uma vez que "há boas infraestruturas e conhecimento técnico", e lembrou que "muito do que a Cimpor exporta, exporta de Portugal", exemplificando com as saídas de cimento para o Togo, Camarões, Guiné Bissau e Nigéria. A 16 de julho do ano passado, Daniel Proença de Carvalho e Ricardo Lima foram eleitos em assembleia-geral, em Lisboa, presidente e presidente executivo da Cimpor, na sequência da Oferta Pública de Aquisição (OPA) que alterou a estrutura acionista da Cimpor, passando a brasileira InterCement (detida pela Camargo Corrêa) a controlar a maioria do capital da cimenteira portuguesa.

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