segunda-feira, 3 de junho de 2013

Enoturismo cresce em São Roque (SP) e atrai consumidores no Dia do Vinho

Enoturismo cresce em São Roque (SP) e atrai consumidores no Dia do Vinho Vitivinicultores pretendem tornar a data nacional, com o objetivo de estreitar a relação entre consumidores e o vinho, além de valorizar a bebida produzida no país 03/06/2013 Raphael Salomão | São Roque (SP) Tradicionalmente comemorado no Rio Grande do Sul, o Dia do Vinho, no primeiro domingo de junho, também foi lembrado em São Roque, polo produtivo do Estado de São Paulo que tem recebido cada vez mais turistas devido à produção da bebida. O objetivo do setor é tornar a data nacional e estreitar a relação entre o consumidor e a vinho, valorizando o produto nacional. O tempo nublado e a chuva não tiraram a disposição de muitos consumidores da região. Entre as atividades, foi possível conhecer a produção das vinícolas, degustar a bebida e levar para casa diversas variedades de vinhos e sucos de uva. O produtor Alex Moraes acredita que o enoturismo possa ser o diferencial para aproximar a clientela do produto. – Essa forma de turismo está crescendo muito nos últimos anos em São Roque. Esse final de semana reuniu muitas pessoas na cidade. A procura pelo vinho e o interesse pela bebida colaboram muito para isso. Em São Roque, os produtores estão investindo em variedades e qualidade para atrair diferentes consumidores. A vinícola de Moraes produz de 600 mil a 800 mil litros da bebida por ano. Ele está à frente do negócio, que começou com seu avô. Parte da produção sai de uvas próprias e parte de fornecedores. Os parreirais estão sendo trocados, pois têm mais de 70 anos. O produtor vai substituir a uva niagara pela lorena, variedade desenvolvida pela Embrapa e utilizada para vinhos brancos e espumantes. Segundo o proprietário, o novo parreiral deve se tornar produtivo em cinco ou seis anos. – As variedades que tínhamos não estavam mais se adaptando ao nosso clima. Então, foi junto com a Embrapa e com outra vinícola, que buscamos novas variedades, com melhor adaptação, que forneçam uma produção mais interessante do que a que a gente tinha até hoje – destaca o produtor. Na vinícola de Claudio Goes, o cultivo de ciclo invertido de uva cabernet frank está em teste. A variedade europeia é utilizada na produção de vinhos tintos. A ideia do ciclo invertido é sair do período mais quente e chuvoso no verão e deslocar a maturação das uvas para um período mais seco e de temperatura mais amena, com a colheita prevista entre maio e junho. Goes explica que, em 20 dias, as uvas devem estar no ponto de colheita. Em um primeiro momento, será avaliada a qualidade da maturação. O pleno da produção deve ocorrer em dois anos. – O resultado é uma uva com maior agregação de açúcares, uma maturação mais plena, chegando ao final com menos impacto da umidade, que traz pragas e fungos. Nesse conjunto todo, surge um vinho com mais graduação alcoólica e mais qualidade final – afirma Goes. Além da busca por mais qualidade nas vinícolas da região, o produtor, que também é presidente do Sindicato da Indústria de Vinho de São Roque, aponta para a necessidade de divulgar o que envolve a produção do vinho. Ele afirma que a ideia é expandir a comemoração do Dia do Vinho e tornar a data nacional, reunindo esforços do setor para promover ainda mais a bebida. – No primeiro domingo de junho de todos os anos queremos realizar o Dia do Vinho. A ideia é tornar esse evento o divulgador de conhecimento, das nossas ações e do nosso trabalho. CANAL RURAL

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