terça-feira, 4 de junho de 2013

Especialistas debatem dificuldades no controle de pragas, doenças e plantas daninhas nas lavouras durante Seminário da Cooplantio

Especialistas debatem dificuldades no controle de pragas, doenças e plantas daninhas nas lavouras durante Seminário da Cooplantio Para participantes da discussão, a f04/06/2013 | 18h38alta de conhecimento técnico sobre esses problemas está atrapalhando a eficácia do controle Anelise Frozza | Gramado (RS) Inovações no Manejo de Pragas, Doenças e Plantas Daninhas foi tema de mais um debate realizado nesta terça, dia 4, no 28º Seminário da Cooplantio em Gramado (RS). Os agrônomos e professores Ricardo Balardin e Mario Bianchi, além do gestor de marketing e serviços da Cooplantio, Dirceu Gassen, expuseram as principais doenças e pragas que afetam as lavouras de grãos e algumas formas de tentar controlá-las. Todos alertaram, porém, que para melhorar o controle é necessário que haja um maior conhecimento técnico sobre esses problemas. Dirceu Gassen abordou o problema de insetos/pragas nas lavouras. Para ele, é necessário pensar como uma planta e como uma praga para entender a lógica da doença e assim evitá-la. Mas isso não pode ser feito se não há pesquisa sobre isso. O grande problema, segundo Gassen, é que hoje não há pessoas no Brasil pesquisando sobre populações de lagartas ou de percevejos. E sem isso não há como saber se as populações são as mesmas em regiões diferentes e se para controlá-las usam-se os mesmos métodos. – Não temos pessoas nem sequer para identificar novas lagartas – diz Gassen ao citar o problema da lagarta Helicoverpa armigera, nova espécie que está causando grandes prejuízos nas lavouras de soja e algodão da Bahia. Em sua explanação, Ricardo Balardin mostrou o cenário da ferrugem asiática em 2012 e as condições ambientes favoráveis para a incidência da doença. Ele pontuou os erros cometidos no controle da praga, como os atrasos nas aplicações de fungicida, e frisou que é necessário haver uma melhor qualificação dos técnicos que trabalham com produção de grãos e controle de pragas. – Nós estamos com um grau de amadorismo na tomada de decisões muito grande. E não estou chamando atenção dos produtores, estou chamando a atenção de meus colegas técnicos. Temos que elevar o nível das tomadas de decisões. Senão vai ficar tudo no “chutômetro” e no “achômetro”. Os fungicidas entregam apenas o que podem. Se manejados de maneira correta irão controlar as doenças – comentou Balardin. O agrônomo pontuou ainda as diferenças na incidência das pragas de uma variedade de cultivar para outra. Segundo ele, o ambiente e a sensibilidade varietal influenciam na performance dos fungicidas. Plantas daninhas Já para o controle de plantas daninhas como buva e azevém, o agrônomo Mario Bianchi destacou que é necessário fazer o controle como um todo e não apenas de parte do problema. – Eu não vejo o controle das plantas daninhas se não olharmos para o todo. O importante é olhar para o sistema de cada um e olhar as oportunidades para controlá-las. Segundo Bianchi, todo herbicida é eficaz em planta daninha pequena, mas sua eficácia diminui conforme a planta aumenta. Se a planta for grande, é necessário fazer um manejo diferenciado para o controle. – A meta é controlar as plantas daninhas pequenas. Para as plantas grandes, é necessário fazer a aplicação sequencial de herbicidas – alertou Bianchi, para quem, ainda, é importante fazer a dessecação e semear no limpo. – Vale a pena fazer uma boa dessecação – afirmou o agrônomo. O 28º Seminário Cooplantio segue até esta quarta, dia 5. Acompanhe a programação completa. RURALBR

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