sábado, 15 de junho de 2013

Fitch reduz novamente nota de crédito da OGX

15/06/2013 - A agência de classificação de risco Fitch reduziu nesta sexta-feira, 14, os ratings da dívida da OGX em moeda estrangeira e em moeda local para "CCC", com perspectiva negativa. A Fitch informou que o rebaixamento da OGX reflete crescente incerteza sobre a capacidade de Eike Batista, controlador da petrolífera, honrar o compromisso de aportar US$ 1 bilhão na empresa, assim como a preocupação sobre a liquidez da companhia nos próximos 12 a 18 meses. Essa é a segunda vez em menos de um mês que a Fitch rebaixa a OGX. Em 17 de maio, a agência havia reduzido os IDRs (Issuer Default Ratings) relativos à Probabilidade de Inadimplência do Emissor em moeda estrangeira e local da petroleira para B-. Em face das necessidades de recursos da OGX para financiar seu programa de investimentos, vital para o aumento de produção, uma inadimplência por parte de Batista em relação à opção de venda pode apertar ainda mais a liquidez da empresa. No início desta semana, a OGX anunciou que seu acionista controlador reduziu sua participação na companhia para 58,92% por intermédio de venda de 2,17% das ações da OGX, em maio de 2013. Embora essa venda seja simbólica, ela aumenta a preocupação com o compromisso de Eike Batista em relação à companhia. O preço de venda reportado ficou entre R$ 1,57 e R$ 1,85 por ação, substancialmente inferior ao preço de exercício da opção de venda, de R$ 6,30 por ação. "Esta diferença de preço justifica a incerteza sobre a intenção de o acionista controlador honrar a opção de venda, que expira em 30 de abril de 2014. A indisponibilidade desses recursos poderá pressionar ainda mais a capacidade de a OGX continuar operando", destaca a Fitch em comunicado. Os ratings "CCC" da OGX refletem as preocupações da Fitch em relação à liquidez da companhia nos próximos 12 a 18 meses, dados os elevados investimentos necessários para aumentar a produção e o fluxo de caixa operacional. A Fitch explica que os ratings da OGX serão rebaixados novamente se seus riscos de liquidez continuarem aumentando ou se ela encontrar novos problemas com relação à execução do seu plano de exploração e desenvolvimento. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

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