sábado, 15 de junho de 2013

Irlanda do Norte Comércio mundial, evasão fiscal e Síria dominam Cimeira do G8

Irlanda do Norte Comércio mundial, evasão fiscal e Síria dominam Cimeira do G8 15 de Junho de 2013 | Por Lusa O combate à evasão fiscal, o estímulo ao comércio mundial e o conflito na Síria dominam a agenda da Cimeira do G8 que se realiza segunda e terça-feira na Irlan Na presidência do grupo constituído pelos sete países mais industrializados e a Rússia, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, identificou como prioridades da reunião o comércio mundial e a transparência fiscal. Mas alguns dos pontos-chave em discussão podem não registar progressos, como o arranque das negociações para um acordo de comércio livre entre a União Europeia e os Estados Unidos ou da organização de uma conferência internacional sobre a Síria. David Cameron admitiu que o “prémio” que pode sair da Cimeira, o início das negociações formais do acordo UE-EUA, “permanece em aberto”. França quer assegurar que a chamada “exceção cultural” consta do acordo de comércio livre, consagrando a proteção do setor cultural e a exclusão “clara e explícita” do audiovisual. Os EUA recusam excluir qualquer setor e a UE tem advertido que eventuais exceções vão dar vantagem a Washington numas negociações previsivelmente muito difíceis. “As conversações prosseguem dos dois lados do Atlântico e temos de encontrar a ambição e a vontade política para o conseguir”, disse Cameron, acrescentando que o acordo vai “injetar 100 mil milhões de euros na economia global”. Recentes litígios comerciais entre os Estados Unidos, o Japão e a China também devem ser discutidos na reunião, em que participam os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; da Rússia, Vladimir Putin e de França, François Hollande, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel e os primeiros-ministros de Itália, Enrico Letta; do Canadá, Stephen Harper e do Japão, Shinzo Abe. O chefe do governo do Reino Unido quer também abordar a necessidade de um acordo global de combate à evasão fiscal, na sequência das críticas aos regimes fiscais de grandes multinacionais como a Google, Amazon e Starbucks. A situação na Síria deverá ocupar boa parte das discussões, sobretudo depois de, na quinta-feira, os Estados Unidos terem anunciado dispor de provas da utilização de armas químicas pelo regime e que, ultrapassada essa “linha vermelha”, vão dar apoio militar aos rebeldes. A Rússia afirmou hoje não estar convencida com as informações da administração norte-americana e que um apoio militar aos rebeldes vai complicar os esforços internacionais de paz. David Cameron tentará, ainda antes da Cimeira, atenuar as divergências numa reunião bilateral com Vladimir Putin. François Hollande também tem previsto encontrar-se com o presidente russo, o principal aliado de Bashar al-Assad. O ponto central da sessão sobre a Síria é a organização de uma conferência internacional para encontrar uma solução política para o conflito, mas a nova abordagem dos Estados Unidos e a decisão da União Europeia de levantar o embargo de armas deverão dominar as discussões. Segundo responsáveis britânicos citados pela agência France Presse, a sessão vai centrar-se no lançamento de um processo político e uma consequente administração transitória e em “como fazer convergir as posições dos Estados Unidos e da Rússia”. Fonte do governo alemão disse à mesma agência que o objetivo continua a ser “juntar toda a gente, incluindo todas as partes sírias, numa conferência em Genebra”. A Cimeira do G8, rodeada da maior operação policial da história da Irlanda do Norte, realiza-se no empreendimento turístico de golfe de Lough Erne, rodeado de lagos e localizado a oito quilómetros da localidade mais próxima. A Grã-Bretanha enviou 8.000 agentes da polícia, embora muitos deles para a capital, Belfast, a 130 quilómetros de distância, para onde foram convocadas manifestações anticapitalismo. A polícia vai estar também alerta para a possibilidade de grupos extremistas republicanos contrários ao processo de paz da Irlanda do Norte tentaram ações violentas.

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