sexta-feira, 14 de junho de 2013

Mapa reforça fiscalização contra entrada de produtos de origem animal no país na Copa das Confederações

Mapa reforça fiscalização contra entrada de produtos de origem animal no país na Copa das Confederações 14/06/2013 Entrada de produtos ilegais no Brasil aumenta o risco de contaminação de rebanhos e lavouras Andrea Parise | Brasília A Copa das Confederações começa neste sábado, dia 15, no Brasil. Durante o evento, mais de 250 mil pessoas devem circular pelos aeroportos das seis cidades que vão sediar os jogos. A preocupação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é com os alimentos que os estrangeiros podem trazer. A fiscalização está sendo reforçada, para evitar a entrada de produtos de origem animal que possam contaminar os rebanhos brasileiros. O fiscal federal agropecuário do Mapa, Túlio Santiago, conta que alimentos como carne, queijo e bacalhau chegaram ao país em voos internacionais e foram apreendidos no desembarque do aeroporto de Brasília. Todo produto de origem animal, vegetal e insumos agropecuários só pode entrar no Brasil se declarados, em documento, pelo passageiro. Ao desembarcar a bagagem é submetida a uma fiscalização rigorosa, que inclui abertura de malas e o uso de scanners. – Aqueles que não declaram estão sujeitos ao perdimento do produto que é desnaturado na hora e posteriormente queimado. Quando o passageiro traz a devida certificação sanitária e o produto está autorizado a entrar no Brasil mediante inspeção fiscal, ele tem ingresso autorizado desse material – salienta. O Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), que pertence ao Mapa, é o órgão responsável por fazer este controle. Cerca de 500 fiscais atuam nas 106 unidades espalhadas em portos, pontos de fronteiras, aduanas especiais e aeroportos. A entrada de produtos ilegais no Brasil aumenta o risco de contaminação de lavouras e rebanhos, principalmente o de suínos. É o que diz o veterinário e professor de doenças infecciosas do curso de veterinária da Universidade de Brasília (UnB), Cristiano Barros de Melo. – A situação é preocupante. Alguns produtos são manipulados equivocadamente e já são contaminados no próprio país, ou produtos de animais doentes. O país trabalha, hoje, com avaliação de risco. O risco de esse produto contaminado chegar a um rebanho, em porcos ou em fazendas é muito grande – ressalta. O veterinário lembra que, em 1978 a peste suína africana entrou no Brasil pelo aeroporto do Galeão. A doença só foi controlada seis anos depois e o prejuízo para o país foi de R$ 60 milhões. – Uma situação como essa seria catastrófica para a exportação brasileira, para a balança comercial em face da importância da pecuária brasileira no Produto Interno Bruto (PIB). CANAL RURAL

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