segunda-feira, 17 de junho de 2013

Movimento Parada Rural fecha BR 163 em Guaíra

Movimento Parada Rural fecha BR 163 em Guaíra Movimento Parada Rural fecha BR 163 em Guaíra 17/06/13 - 09:32 Um movimento de produtores rurais na BR 163, em Guaíra (PR), na divisa com Mato Grosso do Sul, próximo à Ponte Ayrton Senna, provocou na manhã do dia 14 de junho um congestionamento dos dois lados da ponte de aproximadamente 30 quilômetros. O protesto denominado “Parada Rural” reuniu produtores rurais, entidades e lideranças ruralistas e políticas dos dois estados. Foi um protesto pacífico, que reuniu cerca de 5 mil pessoas, segundo a organização, para cobrar do governo federal uma solução para os problemas causados pelas sucessivas invasões de terras por indígenas em todo o País. Francisco Maia, presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e da Fenapec (Frente Nacional da Pecuária), representou os produtores de MS, que também compareceram dos municípios próximos à divisa com o estado paranaense, além de alguns sindicatos rurais. O movimento foi nacional. No Paraná o protesto foi liderado pela FAEP (Federação da Agricultura). Na região de Guaíra e Terra Roxa (PR) são quase 20 propriedades invadidas, todas pequenas e médias, altamente produtivas. Segundo o produtor rural Roberto Weber, que arrenda terras em Guaíra e teve a propriedade invadida, são indígenas vindo do vizinho Paraguai que estão invadindo as áreas e o governo federal, mesmo sabendo que se trata de uma questão de seguranca nacional não faz nada para combater. A Associação Comercial de Guaíra decretou uma espécie de ponto facultativo das 12:00 às 14 horas, e o comércio fechou as portas em peso para apoiar o movimento ruralista, que já começa a causar prejuízos para toda a cadeia produtiva do agronegócio da cidade, cuja economia é eminentemente agropecuária. Segundo a Faep no oeste do Paraná, que correspondente a região que vai de Guaíra até Foz do Iguaçu a Funai pretende demarcar 100 mil hectares; em Mato Grosso do Sul esse número chegaria a 1 milhão, principalmente na região Sul do Estado, que responde por cerca de 30% de seus grãos produzidos, o que retiraria totalmente a capacidade competitiva do Estado. Segundo os organizadores, as áreas demarcadas pela Funai estão sempre sobre algum recurso natural estratégico, seja mineral (petróleo, ouro, nióbio, urânio, etc), agropecuário, aquífero ou hidrelétrica. A organização do evento denuncia ainda que há várias ONGs internacionais incentivando as invasões de terras por indígenas, o que denota o interesse delas nessas áreas a serem hipoteticamente ocupadas pelas aldeias. Só na pressão Para o presidente da Acrissul e Fenapec, Francisco Maia, o governo federal não age, ele reage. “Se os produtores não estiverem unidos e compactados em torno do mesmo interesse ninguém vai tomar nenhuma atitude no sentido de resolver esse problema das invasões de terras por indígenas”, discursou Maia em Guaíra (PR) durante o protesto Parada Rural. “É preciso solidariedade de todos os elos envolvidos na cadeia produtiva do agronegócio”, afirmou o ruralista. Segundo Maia, ainda, tudo sobra para o produtor rural – “temos que produzir com eficiência, competividade e sem subsídios, além de ter de arcar com altos juros em financiamentos, a carga tributária mais pesada do mundo, fretes caros por falta de infra-estrutura de transportes e logística, e ainda em o governo federal e quer tirar do produtor o sagrado e constitucional direito de propriedade.” Nesse mesmo sentido o deputado federal paranaense Oscar Serralho discursou lembrando que, segundo a Constituição Federal, em 1993 acabou o prazo para a criação de novas reservas indígenas, que basta o STF pronunciar-se definitivamente no caso Raposa Serra do Sol para que o governo pare de inventar maneiras de querer ampliar as áreas indígenas, e de maneira expropriatória. Na verdade, diz o deputado, há mais de uma saída para resolver o problema, tanto no Judiciário quanto no Legislativo. Serralho reforçou a denúncia contra as ONGs internacionais que incentivam as invasões de terras por indígenas. Nova Alvorada do Sul Os conflitos indígenas em Mato Grosso do Sul se acirraram a partir do dia 15 de maio, ocasião em que a Fazenda Buriti, localizada em Sidrolândia, foi invadida por um grupo da etnia Terena. Desde então, várias medidas como reintegração de posse e cancelamentos das decisões jurídicas provocaram tensão em toda a região. Atualmente 110 homens da Força Nacional patrulham a área rural de Sidrolândia. Já são treze propriedades rurais invadidas no município, algumas há mais de 10 anos. No total, Mato Grosso do Sul possui 66 propriedades privadas rurais invadidas. “O que acontece em Sidrolândia é mais um episódio de uma situação que se mostra insustentável”, lamentou Eduardo Riedel durante protesto em Nova Alvorada do Sul que reuniu cerca de 4 mil produtores e contou com a presença de Kátia Abreu, presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura). Protestos pelo Brasil Ao mesmo tempo que em Mato Grosso do Sul e Paraná, oito estados também participaram das manifestações. Produtores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais, Roraima, Pará e Bahia aderiram ao movimento ‘Onde tem justiça, tem espaço para todos’. Em todos os estados as ações foram das 9h às 14h, realizadas nas rodovias estaduais e federais, sendo que em algumas delas houve bloqueio por até 1h como em MS. Outras localidades proibiram o tráfego de veículos em intervalos de 30 minutos, como em RR, SC, PR e RS. Mais de 20 municípios integraram o movimento pacífico em todo o Brasil, mobilizando a classe rural e políticos sobre a questão das demarcações de supostas terras indígenas. Terras indígenas O Brasil tem hoje 476 terras indígenas em 105,1 milhões de hectares, o equivalente a um oitavo do território brasileiro. É como se os 896.917 índios que vivem no Brasil tivessem, incluindo as reservas indígenas, quatro Estados de São Paulo para viver. Na média, são 117 hectares para cada índio. Nos oito anos de governo FHC (1995-2002), foram homologadas 145 áreas (41 milhões de hectares), ante 84 (18 milhões de hectares) na gestão de Lula (2003-2010). Agrolink com informações de assessoria

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