terça-feira, 25 de junho de 2013

Panorama de mercado

Panorama de mercado Panorama de mercado 25/06/13 - 09:40 por João Carlos Kopp Mais um dia de grande pressão nos mercados financeiros internacionais, na continuação da onda de pressão por possíveis sinais do fim dos estímulos do FED (Banco central dos EUA) e hoje adiciona-se a pressão o fato de uma nova política de crédito na China; onde o governo chinês tenta controlar o crédito desenfreado. Com esta troca na politica de crédito na China, deveremos continuar a ter grande volatilidade nos mercados financeiros. Além do forte recuo do índice Dow Jones (-0,8%) na segunda-feira, o Dollar Index operou com grande volatilidade oscilando entre $82,52 e $83,050; fechou próximo da estabilidade, assim como o euro; já no Brasil, mais um dia de intervenção do BC e mesmo com a queda de -2,32% do índice Ibovespa o dólar vai encerrando o dia com queda de -0,69% cotado aos R$2,2350. Grãos Nos grãos tivemos um dia positivo para todos os vencimentos da soja, com destaque de alta para o vencimento julho/13 que fechou com +19 pontos cotado aos U$15,12½/bu; além de termos o relatório de estoques na próxima sexta-feira dia 28/06 é o primeiro aviso de entrega para o contrato julho; e com isto deverá continuar a operar com baixo volume, da mesma maneira que observamos no vencimento do contrato maio/13, poderemos ver níveis mais altos do que os registrados nas últimas semanas, na tentativa de originar soja na Bolsa de Chicago. Vale ressaltar que os vencimentos Agosto/13 e Setembro/13, que ainda representam o período de entressafra nos EUA estão com um Spread (diferença nas cotações) na ordem de U$0,9/U$1,95 por bushel respectivamente ao contrato Junho e com isto ainda temos a possibilidade de buscar remuneração adicional por esta diferença. O milho operou com bastante pressão na segtunda-feira, com o vencimento junho/13 -7 pontos e setembro -12 pontos, esta queda ocorre por liquidações de posições com a expectativa de clima “ideal” para as lavouras dos EUA; fato este que não concordamos e esperamos preços mais altos. Exportações semanais Brasileiras Na terceira semana de junho/13 exportamos 1.283MMT, menor nível semanal para o mês, porém com isto atingimos o acumulado de 4.830MMT para Junho/13 e 24.437MMT para o ano e isto representa 66% da meta da Conab. Conforme nós comentamos, os produtores continuam segurando o quanto podem o produto, e com isto estamos vendo semana após semana o ritmo frenético de exportações resfriar. Em pequena parte a diminuição das exportações pode ser decorrente das condições climáticas, porém ao nosso entendimento é principalmente ocasionada pela dificuldade de originação de grãos. Muito importante destacar a exportação de 161 mil toneladas de milho e este volume representa 20% a mais do que o mês de junho/12 cheio e o preço médio das exportações está em U$278,50/ton; o que representa R$36,77/saca base porto considerando o dólar à R$2,20. Utilizem esta informação ao seu favor no momento de negociar, o desconto para os produtores está extremamente exagerado e injusto sendo que o preço médio por tonelada para exportação de milho em junho/12 foi de U$247,40 12% menor que o atual, e nós estávamos saindo de um período de seca extrema na região Sul do país e com uma safrinha melhor do que a temos agora. Lembrando que no mês de julho/12 o Brasil exportou 1.7 milhões de toneladas. Avanço do plantio e condições de Lavouras nos EUA O USDA informou que 96% do milho emergiu contra 92% da semana passada e 65% das lavouras estão em condições de boas à excelentes. Com relação à soja 92% da área está plantada, bom avanço com relação aos 85% da semana passada, porém 1% menor do que a expectativa para o relatório e abaixo dos 95% da média dos últimos 5 anos. 81% da soja emergiu, contra 66% da semana passada, porém abaixo dos 89% da média dos últimos 5 anos. Já com relação as condições 65% estão entre boas a excelentes; muito importante ressaltar, que o USDA não fez nenhuma menção a quantos % da área está inundada e ainda restam 6.2 milhões de acres ainda não foram plantados, e será muito difícil, beirando o improvável, que as lavouras do USDA atinjam os índices de produtividade esperado pelo USDA. Agrolink com informações de assessoria

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