terça-feira, 11 de junho de 2013

Pesquisa diz que região central da China gera 80% da poluição do país

Pesquisa diz que região central da China gera 80% da poluição do país 11/06/2013 08h00 País é o maior emissor de CO2 do mundo, dizem cientistas. Estudo sugere que metas para red A região central da China, uma das menos desenvolvidas do país, gera 80% das emissões de CO2 relacionadas com os bens consumidos ao longo do litoral rico do país, revelaram cientistas em um estudo divulgado nesta segunda-feira (10), informa a agência de notícias AFP. A China é o maior emissor de dióxido de carbono do mundo e se comprometeu em reduzir as emissões por unidade do Produto Interno Bruto (PIB) entre 40% e 45% até 2020, em comparação com os níveis emitidos em 2005. Mas o estudo, publicado no periódico científico "Proceedings of the National Academy of Sciences", sugere que os esforços atuais para reduzir as emissões do gás de efeito estufa têm sido frustrados pela forma como se definiram as metas para as áreas mais poluentes e que deveriam ser repensados. saiba maisEmissões de CO2 no mundo batem novo recorde em 2012, aponta AIE "A China estabeleceu metas de emissão que são mais estritas nas províncias costeiras mais ricas do que em províncias menos desenvolvidas do interior", disse Laixiang Sun, cientistada Universidade de Maryland, co-autor do estudo, à agência AFP. "Isto pode reduzir as emissões em uma região, mas na China como um todo, você descobre que as emissões de CO2 continuam a subir, porque as fábricas poluentes se mudaram para as regiões menos desenvolvidas", acrescentou. A China emitiu cerca de 10 gigatoneladas de CO2 em 2011. O estudo atual se baseia em dados disponibilizados em 2007, quando a cifra era de 7,2 gigatoneladas. Os cientistas utilizaram um modelo econômico de "input" e "output" pra rastrear os fluxos comerciais em setores e regiões. Um total de 57% das emissões chinesas de combustíveis fósseis têm como origem itens produzidos em um lugar e eventualmente consumidos outra província ou em outro país, demonstraram os cientistas. Até 80% das emissões relacionadas com bens consumidos em locais como Pequim, Tianjin, Xangai e Guangdong se devem a itens importados de províncias menos desenvolvidas na região central e na região oeste do país, disseram os pesquisadores. Quando levada em conta a poluição vinculada a exportações de regiões ricas do litoral, a pesquisa descobriu que 40% destas emissões se originaram nas regiões central, norte e oeste da China - que são menos desenvolvidas. Nas regiões menos populosas do interior do país, são comuns os usos de tecnologias ineficientes, que geram grandes emissões de combustíveis fósseis. Como parte de da promessa para conter as emissões, o plano da China de reduzir os níveis de emissões prevê um corte de apenas 10% do CO2 emitido no oeste e de 19% ao longo da costa leste. "Isto é lamentável porque as reduções mais baratas e mais fáceis estão nas províncias do interior, onde melhorias tecnológicas modestas poderiam fazer uma enorme diferença nas emissões", afirmou Steve Davis, pesquisador de mudanças climáticas da Universidade da Califórnia, em Irvine. "Áreas mais ricas costumam ter metas muito mais estritas, portanto é mais fácil para elas simplesmente comprar produtos feitos em outro lugar. Uma meta nacional que rastreie as emissões incorporadas no comércio avançaria muito na solução do problema. Mas não é o que está acontecendo", acrescentou. O estudo também contou com cientistas da Universidade de Londres, da Universidade de Cambridge, da Universidade de Leeds e da Academia Chinesa de Ciências, entre outras instituições. Da France Presse

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