sexta-feira, 14 de junho de 2013

Produtividade agrícola cresceu 3,6% ao ano de 1975 a 2010

Produtividade agrícola cresceu 3,6% ao ano de 1975 a 2010 Produtividade agrícola cresceu 3,6% ao ano de 1975 a 2010 14/06/13 - 08:59 Índice sobe nos EUA à metade da velocidade registrada no Brasil, cuja produção permanece concentrada O índice de produtividade agrícola brasileiro multiplicou-se em 3,7 vezes de 1975 a 2010, avançando aproximadamente ao dobro da velocidade observada nos Estados Unidos. Esse incremento da produtividade no Brasil corresponde a um crescimento médio de 3,6% ao ano ao longo de 35 anos, já descontado o pequeno aumento simultâneo na quantidade total de insumos empregados no campo, entre trabalho, máquinas e outros. Nas últimas décadas, o país diminuiu a grande lacuna de eficiência ainda existente em relação a estruturas mais modernas, mas manteve uma produção agrícola muito concentrada em poucas propriedades, com 10% dos estabelecimentos respondendo por 85% do valor bruto produzido. Essas são algumas conclusões de Armando Fornazier, doutorando em economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e José Eustáquio Vieira Filho, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). As considerações resultam de pesquisa apoiada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e são apresentadas no Texto para Discussão no 1819 - Heterogeneidade estrutural na produção agropecuária: uma comparação da produtividade total dos fatores no Brasil e nos Estados Unidos. A produtividade agrícola calculada no estudo refere-se ao aumento da quantidade de produto que não é explicada pelo aumento da quantidade dos insumos, mas sim por ganhos de eficiência da produção, os quais dependem basicamente do desenvolvimento científico e tecnológico. Índices comparativos de produto, insumo e produtividade total dos fatores (PTF) – Brasil Segundo os autores, a modernização do setor agrícola brasileiro transcorreu em momento posterior ao da agricultura americana. No Brasil, a mecanização do campo e o uso de insumos modernos, bem como o avanço para novas fronteiras produtivas, como o Centro-Oeste, só vieram a ocorrer nos anos 1980, complementando o planejamento nacional de pesquisa agropecuária desde a criação da Embrapa em 1973. Após a abertura comercial e a estabilização econômica na década de 1990, verificou-se forte crescimento da produtividade de determinados cultivos, impulsionado por oferta de crédito e programas governamentais. Na última década, tais políticas públicas foram mantidas, prolongando o avanço do agronegócio. Enquanto as deficiências logísticas prejudicam o escoamento da produção agrícola, o aumento dos índices de produtividade torna o Brasil mais competitivo no mercado mundial de commodities, diminuindo a lacuna em relação à moderna agricultura. Contudo, persiste a convivência entre setores modernos e atrasados no campo. Segundo os autores, o desenvolvimento dual inviabiliza a inclusão produtiva dos segmentos mais atrasados nos mercados mais dinâmicos e essa heterogeneidade torna mais difícil a aplicação generalizada da tecnologia. O estudo aponta para a necessidade de investimento em pesquisa, bem como em assistência técnica e educação rural. Além disso, defende que as políticas se adequem às especificidades regionais, por exemplo, ajustando-se ao zoneamento agroclimático com maior retorno produtivo Agrolink com informações de assessoria

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