segunda-feira, 3 de junho de 2013

Proibição de herbicida que combate lagarta preocupa produtores de MT

03/06/2013 as 08:20 por RedFonte: G1 MT A proibição do uso de um herbicida nas lavouras plantadas na Bahia preocupa o setor produtivo de Mato Grosso. O produto, que não tem registro no país, tem sido usado para controlar a incidência da lagarta helicoverpa armígera, que ataca diversas culturas e causa grandes danos às plantações. Em Mato Grosso, a presença da lagarta foi confirmada em Rondonópolis e Primavera do Leste, respectivamente, a 218 e 239 quilômetros de Cuiabá. Os prejuízos causados pela lagarta nas lavouras do oeste baiano passaram de R$1 bilhão. Já em Mato Grosso, ainda não é possível medir o tamanho dos estragos. A praga tem tirado o sono de agricultores de todo país. Além da Bahia, ela foi identificada em plantações do Paraná, Goiás e Piauí. A lagarta se alimenta de vários tipos de plantas. Por isso, além do algodão, ela também é uma ameaça para lavouras de soja, milho e milheto. No país, não há defensivos registrados para o controle desta praga. Por isso, o Ministério da Agricultura autorizou a importação de um herbicida usado na Austrália para combater a lagarta. O problema é que o uso do herbicida foi proibido nas lavouras da Bahia, o estado que mais registrou perdas. A proibição preocupa tanto os agricultores de lá, quanto os representantes do setor produtivo de Mato Grosso. "Nós já estamos nos preparando e mostrando que se trata de um produto seguro. Isso é usado em muitos países do mundo o que demonstra que é um produto seguro. De repente, a falta de conhecimento e o medo pelo produto não ter registro no Brasil levam a este tipo de coisa que pode agravar a situação", afirmou o coordenador de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura (Mapa) em Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra. O coordenador de Defesa Vegetal do Mapa mostrou vários estudos que comprovariam que a aplicação do agroquímico é segura. Ele explicou que a importação do produto pelos agricultores do estado ainda está autorizada. "Aos produtores que estejam encontrando essas lagartas, nos enviem amostras para a detecção seja oficial e aí sim o produtor possa importar o produto", disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário