quinta-feira, 6 de junho de 2013

S&P põe nota em perspectiva negativa e pode rebaixar rating do Brasil

S&P põe nota em perspectiva negativa e pode rebaixar rating do Brasil quinta-feira, 6 de junho de 2013 21:34 B 6 Jun (Reuters) - A agência de classificação de crédito Standard & Poor's revisou nesta quinta-feira a perspectiva do rating soberano do Brasil de "estável" para "negativa", citando o fraco crescimento econômico e a política fiscal expansionista, e indicou que pode rebaixar a nota do país. Atualmente, a nota da S&P de longo prazo atribuída ao país é "BBB", um degrau acima do piso da faixa considerada grau de investimento. "Podemos rebaixar o rating nos próximos dois anos se o contínuo lento crescimento econômico, os fracos fundamentos fiscais e externos, e alguma perda da credibilidade da política econômica por sinais ambíguos na política diminuírem a capacidade do Brasil de gerenciar um choque externo", disse a S&P. A decisão da S&P ocorre dias após a divulgação de que a economia brasileira teve expansão de apenas 0,6 por cento no primeiro trimestre sobre o período anterior, abaixo das expectativas e consolidando apostas de que o crescimento será menor do que 3 por cento em 2013. A S&P projeta expansão de apenas 2,5 por cento no PIB do Brasil em 2013. O desempenho ruim da indústria e do consumo no primeiro trimestre mostraram que os esforços do governo da presidente Dilma Rousseff para estimular a atividade não surtiram o efeito esperado até o momento. Para a S&P, atrasos na implementação de medidas para impulsionar o investimento privado, especialmente na área de infraestrutura, podem contribuir para baixa expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste e no próximo ano, elevando o risco de maior enfraquecimento fiscal e de aumento no custo da dívida pública. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou à Reuters que o Brasil está no caminho do crescimento e que o governo continua a fazer um dos maiores superávits fiscais do mundo. "Estamos numa rota de crescimento, de crescimento do investimento privado, e estamos também em retomada de maior confiança dos agentes econômicos", disse. Segundo Holland, a relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil se mantém em queda e a perspectiva de crescimento médio do país está acima da média mundial.

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