quinta-feira, 27 de junho de 2013

Soja em grão e farelo impulsionam preços no atacado em junho

Soja em grão e farelo impulsionam preços no atacado em junho 27/06/2013 15:35 A alta nos preços das Matérias-Primas Brutas no atacado, puxada pela soja, em junho, foi um dos principais responsáveis por fazer o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) abandonar a queda em maio, passando de -0,30% para elevação de 0,68%, no âmbito do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), que subiu 0,75% no sexto mês do ano. A avaliação foi feita nesta quinta, dia 27, pelo superintendente-adjunto de inflação do Ibre da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. – Juntas, as altas da soja em grão e do farelo tiveram um efeito forte, mas reversível. Ainda há dúvida em relação ao volume da safra norte-americana. Esse risco está começando a diminuir – disse Quadros. As matérias-primas brutas agropecuárias foram as que mais ajudaram a pressionar o índice, ao saírem de queda de 2,15% em maio para elevação de 1,48%, com contribuição de 0,84 ponto porcentual no IPA. O motivo, explicou o economista, foi o aumento expressivo de 11,38% da soja (de 3,11%). Quadros observou, que por outro lado, os itens minerais reduziram a alta de 4,59% para 0,38%, puxados especialmente pelo arrefecimento do minério de ferro (de 5,13% para 0,34%). – Se o dólar não estivesse subindo, até poderíamos ter deflação – afirmou. A despeito da mudança de sinal na taxa dos Bens Intermediários, de recuo de 0,18% para aumento de 0,84% em junho, o economista ressaltou que o movimento reflete quase que isoladamente a elevação de 18,34% do farejo de soja, dado que o grão também teve avanço significativo em junho. – Acelerou muito, mas praticamente reage ao exterior. Movimento especulativo – resumiu. Para Quadros, um dos efeitos mais representativos da depreciação cambial pode ser visto nos preços de produtos que captam diretamente o impacto da moeda norte-americana, caso de fertilizantes, de baixa de 0,77% para alta de 0,98%. Apesar de os preços da ração terem subido em junho (alta de 2,84% ante queda de 3,84%), o economista disse que ainda não refletem o dólar e sim o aumento da soja no mercado internacional. O superintendente avalia como uma mudança rápida, completando que é bem provável que a alta possa chegar ao varejo, dado que a ração, que é utilizada como alimento para animais, tende a afetar os preços das carnes. Em relação ao grupo Bens Finais, que mostrou alta de 1,00% (de queda de 0,13%), Quadros ressaltou que, apesar da elevação, o item Alimentação subiu pouco - deflação de 0,17% para elevação de apenas 0,10%. A carne bovina, por exemplo, passou de uma elevação de 1,55% para 0,97% em junho. – Por mais que o câmbio esteja tendo impacto, em alguns segmentos, na cadeia produtiva alimentícia ainda não está – comentou. Fonte: Canal Rural

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