terça-feira, 18 de junho de 2013

Soja se recupera e sobe nesta 3ª feira; milho e trigo também avançam

Soja se recupera e sobe nesta 3ª feira; milho e trigo também avançam 18/06/2013 07:43 Os futuros da soja, do milho e do trigo negociados na Bolsa de Chicago operam em alta na manhã desta terça-feira (18). O mercado internacional de grãos tem um dia positivo, mesmo depois dos últimos números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre o desenvolvimento da nova safra do país. Assim, a soja consegue recuperar parte das perdas registradas ontem, como o trigo, e o milho dá continuidade ao movimento de alta de ontem, quando fechou com a posição julho/13 subindo mais de 10 pontos. Por volta das 7h44 (horário de Brasília), a soja subia enttre 5,50 e 6,75 pontos, com o primeiro vencimento - julho/13 - valendo US$ 15,18 por bushel. Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira (18): Clima favorável nos EUA pressiona e soja fecha no misto nesta 2ª feira Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão desta segunda-feira (17) em campo misto. Apenas o vencimento agosto/13 fechou o dia do lado positivo da tabela, subindo 1,25 ponto e cotado a US$ 14,35 por bushel. Já o julho terminou o dia valendo a US$ 15,12, com queda de 4 pontos. As posições mais distantes exibiram perdas mais intensas. O mercado internacional da soja ainda reflete a atuação de duas forças sobre as cotações. No curto prazo, os preços da soja seguem sustentados pela quase esgotada oferta de soja disponível. Quase não há mais soja para ser ofertada e ainda há uma grande necessidade por parte dos importadores, principalmente da China, e das esmagadoras norte-americanas. Assim, para o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, esse cenário deverá contribuir para a sustentação dos preços de julho - que é o vencimento mais negociado nesse momento e o que corresponde ao mercado físico norte-americano - até setembro. "Há uma necessidade do grão tanto americana quanto chinesa e os produtores da América do Sul, tanto brasileiros quanto argentinos, estão limitando suas vendas", disse o consultor. "E isso vai fazer com que o quadro siga apertado para as posições de julho até setembro", completou. Essa escassez de soja deverá dar ao mercado, ainda, a função de racionar a demanda pela soja norte-americana, além de fazer com que o país tenha que aumentar suas importações da oleaginosa para atender suas necessidades. Para o analista de mercado Vinícius Ito, os estoques das esmagadoras devem atender, em média, de 1 a 2 semanas, o que dá ainda mais firmeza ao mercado norte-americano, além de poder de negócio aos produtores, que aguardam para comercializar à espera de preços melhores. “O racionamento para exportação é mais evidente, no mercado interno a soja permanece sendo bem utilizada, e isso tem mantido os prêmios firmes no país”, relatou Ito, de Nova York. O analista diz ainda que a maior preocupação é com o farelo de soja, já que o país já exportou grande parte de seu volume. Assim sendo, a necessidade do grão é ainda maior, para que as processadoras possam cumprir seus compromissos já assumidos. Ao mesmo tempo em que se vê essa falta de soja momentânea nos Estados Unidos, o mercado conta com boas expectatvas para a nova safra dos EUA, o que pesa sobre as posições mais distantes, segundo explicam os analistas. Apesar do atraso no plantio da nova safra, as lavouras se desenvolvem bem, se apresentam em boas condições e as previsões para os próximos dias indicam boas condições climáticas. “Temos na verdade uma perspectiva que ainda existe tempo para o desenvolvimento da soja e é possível que tenhamos uma taxa boa, o que poderia resolver a situação do país, mas é preciso ficar de olho no clima”, afirma Ito. Fonte: Notícias Agrícolas/Carla Mendes

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