terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Tecnologia para racionalizar água e agroquímicos apresenta bons resultados em plantações de batata em Perdizes

A forte estiagem que o Brasil vem enfrentando nos últimos meses causa sérios problemas não só nas cidades como também na atividade agrícola
A forte estiagem que o Brasil vem enfrentando nos últimos meses causa sérios problemas não só nas cidades como também na atividade agrícola. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70% de toda a água disponível no mundo é utilizada para a irrigação, uma das principais atividades para a sobrevivência das plantações. No Brasil, esse índice chega a 72%. E com a crise da água, agricultores de várias regiões do país buscam alternativas para não prejudicar a produção. No Triângulo Mineiro, uma ferramenta comprovadamente eficaz e que adota técnicas de agricultura de precisão foi adquirida pelo bataticultor Roberto Bergamasso em uma área de 36 hectares de batata irrigada em sua fazenda em Perdizes. Em apenas 35 dias de implantada, a tecnologia Hemisphere Pro alcançou resultados satisfatórios e promissores e que foram apresentados em um Dia de Campo realizado no dia 30/01 para produtores líderes que cultivam batata nas regiões de Perdizes, Patrocínio e Araxá, entre eles: Grupo nascente, Agro Beloni, Grupo Montesa, Irmãos Bergamasco, Grupo Maeda, Terra Viva, Alex Mussi, Sérgio Petrachi, Irmãos Varaldo, Iço Cereais, Carlos Cantelle. Os produtores visitaram a área de plantação, na qual foi implantada a tecnologia Hemisphere Pro, desenvolvida pela empresa brasileira Olearys, que visa a racionalizar com inteligência e de forma integrada o uso da água da irrigação e do agroquímico na lavoura, permitindo assim um melhor resultado econômico através da diminuição dos custos de produção. Os resultados mostram que o número de aplicações de agroquímicos e de irrigação da lavoura foi reduzido, assim como houve uma economia de quase R$ 10 mil em investimento. “Inicialmente tivemos receio de diminuir as aplicações que fazíamos praticamente de 5 em e 5 dias. Hoje já estamos há 16 dias sem aplicação de fungicida, o que também evitou deixarmos de gastar cerca de R$ 9 mil com a entrada de avião. A assertividade e a precisão do monitoramento impressionam. Com essa eficiência técnica conseguimos atuar com um calendário equilibrado e ainda evitamos perdas e danos seja na área ambiental ou econômica”, afirma Tiago Santos Rocha, gerente agrícola responsável pela lavoura. “As informações coletadas indicando que as condições não estão favoráveis para as doenças nos deixa mais seguros. Não tenha dúvida que o projeto segue com 100% de aprovação interna”, completa. A tecnologia - Neste período de estiagem da água e imprevisibilidade cada vez maior do clima, faz-se necessário o uso do monitoramento do micro clima das lavouras para se alcançar uma maior eficiência técnica, econômica e ambiental. “Instalamos equipamentos de precisão que possuem sensores com alta exatidão para monitorar a umidade do solo e do ar, além da temperatura, da chuva e dos orvalhos nas lavouras. Tanto usamos a água para a irrigação de maneira mais racional quanto os agroquímicos na dose certa e no momento correto, promovendo um maior desenvolvimento sustentável da propriedade agrícola”, explica Vitor Balbi, coordenador da Olearys. Segundo ele, ao planejar melhor a irrigação, além de reduzir o consumo da água sem afetar o desenvolvimento das plantas, é possível diminuir o tempo em que as folhas permanecem molhadas no campo, reduzindo a infecção e a proliferação das doenças que provocam grandes perdas econômicas na cultura da batata. Para irrigar a lavoura, a plataforma indica, em tempo real, dados sobre a umidade de solo em faixas de 10cm até 60cm de profundidade, apontando com precisão a quantidade e frequência das irrigações. “Já para aplicar o agroquímico, índices de severidade são disponibilizados, indicando a favorabilidade climática para a ocorrência das doenças. Por exemplo, nos primeiros 22 dias de janeiro, a plataforma Hemisphere Pro indicou total ausência de condições favoráveis para a infecção de fungos como o da Requeima, o que propiciou uma enorme segurança ao agricultor em não pulverizar produtos neste período”, informa Balbi, completando que tanto o momento de irrigar quanto o de pulverizar agroquímicos são adotados de forma precisa e segura. Data de Publicação: 10/02/2015 às 13:00hs Fonte: Contextual Comunicação

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